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Estado de Minas Assassinato

Preso jovem suspeito de participar de linchamento na Estação do Move

Outros sete adolescentes confessaram o crime. Segundo a Polícia Civil, Diego de Paula Silva, de 20 anos, foi morto por causa de um desentendimento durante uso de drogas.


03/06/2016 16:29 - atualizado 03/06/2016 22:26

Jovem foi espancado até a morte na Estação Venda Nova do Move no último domingo(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS - 21/05/2015)
Jovem foi espancado até a morte na Estação Venda Nova do Move no último domingo (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS - 21/05/2015)

O assassinato brutal de Diego de Paula Silva, de 20 anos, agredido até a morte na Estação Venda Nova do Move no último domingo, foi motivado por um desentendimento durante o uso de drogas. A Polícia Civil conseguiu identificar todos os envolvidos, sendo um jovem de 18 anos e outros sete adolescentes com idade entre 15 e 16 anos, depois de receber uma carta com a foto de alguns deles. Uma operação foi montada nesta sexta-feira e terminou com a prisão do maior Pablo Neves Campos. Também foram apreendidas roupas usadas pelos menores no dia do crime.

A identificação dos envolvidos no crime ocorreu depois da participação da população, que ficou chocada com o crime. “O crime foi de maneira tão brutal que na segunda-feira chegou uma carta na Delegacia de Venda Nova com as fotos de alguns envolvidos. No documento, as pessoas ainda clamavam por Justiça. Isso foi importante para chegar até a autoria, que foi possível juntamente com as imagens da estação”, explicou a delegada Indiara Fróes.

Com os levantamentos, foi pedida a prisão temporária de Pablo e mandados de busca e apreensão. Nesta sexta-feira, os agentes conseguiram encontrar os envolvidos no crime, na Região de Venda Nova. “Encontramos a maior parte das roupas usadas por eles no dia do crime na casa dos menores. Alguns deles até mesmo confessaram que as usaram. Outros disseram que queimaram as roupas. Também conseguimos chegar até o maior”, afirma a delegada. Além de Pablo, quatro adolescentes foram detidos, ouvidos e liberados.

O grupo não conhecia a vítima e a motivação do crime foi por causa de um desentendimento durante o uso de drogas. De acordo com Indiara Fróes, os agressores informaram que estavam usando drogas na estação quando Diego chegou ao local. Eles afirmaram que a vítima pediu para fazer o uso do entorpecente, que seria loló, e foi atendido pelo grupo.

Enquanto Diego fazia o uso da droga, o ônibus que o grupo esperava chegou e eles foram caminhar até o veículo. Nesse momento, um dos adolescentes pediu novamente o frasco com a droga, mas a vítima se negou a entregá-lo e ainda empurrou o garoto. “Os outros envolvidos voltaram de onde estavam e começaram a agredir o jovem. Ele foi levado para o corredor onde passam os ônibus e tentou se defender. Mas, sofreu uma rasteira e cai. Depois, recebeu diversos chutes no abdômen e na cabeça”, contou a delegada.

Quando a Polícia Militar (PM) chegou, ele já estava morto, mas uma testemunha apontou que um dos agressores deixou um celular cair no momento da fuga. Apesar de o aparelho ter se quebrado, foi possível recuperar o chip, uma das provas arrecadadas pela Polícia Civil. Segundo Indiara, o maior e os outros sete adolescentes confessaram o crime.

Pablo foi preso temporariamente por 30 dias, mas a delegada já afirmou que deve pedir a conversão para a preventiva no fim do inquérito. Ele vai responder por homicídio qualificado, com recurso que dificultou ou impediu a defesa da vítima, assim como por corrupção de menores. Segundo a Polícia Civil, o jovem ficou preso por um ano por roubo e estava em liberdade havia 15 dias.

(RB)


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