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Estado de Minas

Viagem às cavernas do Espinhaço


postado em 04/06/2016 00:12

Pedro Ferreira

A Serra do Espinhaço Meridional, que vai da Serra do Cipó a Conceição do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, é um rico patrimônio espeleológico, com centenas de cavernas em mármore, quartzito e em formações ferríferas. Na semana em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, neste domingo, a região tão visitada e contemplada pelos turistas recebe um presente: o livro Cavernas da Serra do Espinhaço Meridional, nona obra sobre meio ambiente e patrimônio lançada ontem com o apoio da Anglo American e Carste. “A variedade é muito grande em termos de caverna. A Serra do Espinhaço Meridional tem características raras, com formação geológica com cavernas compostas por três ou mais tipos de rochas diferentes, vista apenas na Cordilheira dos Andes. A intenção do livro é mostrar a riqueza desse patrimônio espeleológico”, conta um dos organizadores do livro, o geólogo Augusto Auler. Segundo ele, todas as cavernas brasileiras têm alguma forma de proteção pela Constituição brasileira, mas nem todas estão necessariamente dentro de área de conservação.

O lançamento do livro foi no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, em Belo Horizonte. A obra, de 352 páginas e conteúdo em português e inglês, é resultado de cinco anos de pesquisa em uma área de aproximadamente 600 quilômetros de extensão. O trabalho foi realizado por uma equipe técnica diversificada, incluindo alguns dos maiores espeleólogos do Brasil: Augusto Auler, Luciana Alt, Marina Leão e Vitor Moura.

De acordo com o diretor de Saúde, Segurança e Desenvolvimento Sustentável da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, Aldo Souza, foram investidos cerca de R$ 1 milhão nos trabalhos apresentados no livro. “Além da qualidade gráfica e do cuidado com as imagens, o livro tem rigor técnico e traz uma abordagem científica atualizada sobre a bioespeleologia e geoespeleologia da Serra do Espinhaço”, disse Aldo.

Para Augusto Auler, obras como essa trazem, em linguagem acessível para todos, um vasto acervo de informações que, de outra forma, não estaria disponibilizado ao grande público. “Foi possível conciliar o técnico com o estético, o científico com a arte. Por ser um livro fotográfico, possibilita que leitores do Brasil e do mundo se conscientizem que as cavernas não são apenas importantes do ponto de vista científico, mas também representam um patrimônio natural de belíssimo valor estético”, reforça o geólogo.


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