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Estado de Minas

Padre de Frutal preso suspeito de estuprar adolescente volta a negar crime à polícia

Religioso, que está preso em Caldas Novas (GO) prestou depoimento nesta terça-feira. O inquérito sobre o caso será entregue à Justiça na próxima segunda-feira


postado em 07/06/2016 15:55 / atualizado em 07/06/2016 21:23

O padre preso por suspeita de abusar sexualmente de um adolescente de 15 anos dentro de um clube em Caldas Novas, em Goiás, voltou a ser ouvido nesta terça-feira na delegacia da cidade. O religioso, de 28 anos, que atua em Frutal, no Triângulo Mineiro, estava acompanhado de uma advogada e preferiu não responder questionamentos da delegada responsável pelo caso. “Perguntei sobre as mensagens e imagens pornográficas encontradas no celular dele, mas preferiu se manter calado. Sobre o estupro, continua negando”, explicou a delegada Sabrina Lelis, titular da Delegacia da Infância, Juventude e da Mulher.

O caso aconteceu no último sábado. Segundo a delegada, o adolescente, de 15 anos, portador de distúrbios mentais, entrou na sauna onde estava o padre e outro frequentador do clube. Quando o homem saiu, o religioso puxou conversa com a vítima, que respondeu algumas coisas. Após algum tempo, o garoto ficou calado e quis sair. De acordo com Sabrina Leles, o adolescente contou que, naquele momento, o padre segurou a porta para impedir sua saída e o obrigou a praticar sexo oral nele. Depois do ato, o adolescente procurou a mãe, que chegou a tirar satisfações com o padre. A polícia foi acionada pela administração do clube.

Outras testemunhas ouvidas nesta semana pela polícia contaram novos fatos que envolvem a atitude do padre. “Um homem disse que estava junto com dois filhos pequenos na manhã do dia que aconteceu o abuso. Contou que o autor entrou na antessala da sauna antes dos abusos e, enquanto se enxugava junto com as crianças, alega que o padre ficou olhando para suas partes íntimas e dos filhos. O homem diz que chegou a confrontar o autor, que abaixou a cabeça e entrou na sauna”, afirma a delegada.

Um psicólogo que trabalha no Centro de Referência de Assistência Social foi chamado pela delegada para fazer um laudo com o garoto vítima dos abusos. “Todos os indícios apontam que ele realmente foi vítima. Ao ouvir o adolescente e a mãe, o psicólogo constatou que ele tem distúrbios, mas tem consciência de tudo que está acontecendo”, comentou Sabrina Lelis. O inquérito deve ser encerrado até a próxima segunda-feira. O padre deverá ser indiciado por estupro de vulnerável.

Na manhã de segunda-feira, a Arquidiocese de Uberaba, da qual Frutal faz parte, comunicou o afastamento do padre de suas funções. “Pedimos perdão por qualquer constrangimento ou dor que pudemos causar com tal fato, e esperamos que tudo seja averiguado e resolvido o mais rápido possível, para que não haja maiores constrangimentos”, informou.

O em.com.br entrou em contato com a advogada que acompanhou o padre no depoimento prestado nesta terça-feira. Porém, ela não atendeu as ligações.

(RG)_


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