Está em fase final a elaboração de edital que vai abrir concurso nacional de projetos de revitalização das Avenidas Bernardo Monteiro, na Região Hospitalar de Belo Horizonte, e Barbacena, no Barro Preto, Centro-Sul da capital. Os recursos virão do Fundo Municipal de Defesa Ambiental. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que a previsão é de que o documento com as regras da concorrência pública fique pronto este ano. A solução final vem se arrastando há pelo menos dois anos, já que em março de 2014 havia sido prometida providência semelhante, que incluía até mesmo proteção dos espécimes.
A proposta de diretrizes dessa revitalização aborda alguns cuidados, entre eles a escolha das espécies a serem usadas, uma vez que árvores do gênero fícus são consideradas um risco. A ideia é ter, pelo menos, duas qualidades distintas, na tentativa de evitar o comprometimento simultâneo de uma espécie única nas duas avenidas. Outra orientação é de que os novos exemplares sejam plantados de maneira ritmada, visando à repetição dos efeitos de homogeneidade visual até então presentes.
O planejamento prevê ainda a garantia de sobrevivência das novas árvores a serem introduzidas, assim como das que ainda permanecerão nos locais, bem como, em uma etapa de transição, de paisagismo temporário que garanta o sombreamento das áreas, até que as novas copas venham a exercer essa função. Também deverão ser implantados painéis informativos (“sinalização interpretativa”), com registros de aspectos históricos, culturais e biológicos e dos novos projetos de cada um dos locais.
ALTERNATIVA Ativista do Movimento Fica Fícus, Lúcia Formoso lembra que a última reunião com a Prefeitura de Belo Horizonte sobre o tema foi no fim de 2014, quando a administração municipal apresentou aos comerciantes da Avenida Bernardo Monteiro a proposta de revitalização da via. Na ocasião, o movimento lançou uma contraproposta: pensar esses espaços como galerias a céu aberto, usando quatro ou cinco troncos, com apoio de jardinagem e tratamento de madeira. “Começamos a vê-los não como algo sem vida, mas como esculturas, que poderiam ser tratadas e permanecer no local. As outras árvores seriam plantadas ao lado, mas a prefeitura não admite, quer cortar todas, sob alegação de risco de queda”, afirma.
Comerciantes da Bernardo Monteiro temem que a supressão abra caminho para alargar as avenidas e privilegiar a circulação de veículos nesses locais. “Enquanto estiver degradado, quanto pior ficar, mais a população vai desejar uma solução”, diz Lúcia. A comerciante destaca ainda que as raízes dessas árvores, mesmo mortas, têm a capacidade de reter água, ajudando na permeabilização da cidade. “Tem mil funções ali, uma delas é um conjunto que atua como um corredor, uma floresta urbana, que faz a ligação com a Avenida Alfredo Balena e o Parque Municipal”, diz. Outra proposta é transformar a Bernardo Monteiro num parque móvel aos domingos, com a instalação, nesses dias específicos, de equipamentos de lazer que possam viabilizar várias atividades, como ações voltadas para ciclistas e esportes como vôlei, peteca e skate.
A proposta de diretrizes dessa revitalização aborda alguns cuidados, entre eles a escolha das espécies a serem usadas, uma vez que árvores do gênero fícus são consideradas um risco. A ideia é ter, pelo menos, duas qualidades distintas, na tentativa de evitar o comprometimento simultâneo de uma espécie única nas duas avenidas. Outra orientação é de que os novos exemplares sejam plantados de maneira ritmada, visando à repetição dos efeitos de homogeneidade visual até então presentes.
O planejamento prevê ainda a garantia de sobrevivência das novas árvores a serem introduzidas, assim como das que ainda permanecerão nos locais, bem como, em uma etapa de transição, de paisagismo temporário que garanta o sombreamento das áreas, até que as novas copas venham a exercer essa função. Também deverão ser implantados painéis informativos (“sinalização interpretativa”), com registros de aspectos históricos, culturais e biológicos e dos novos projetos de cada um dos locais.
ALTERNATIVA Ativista do Movimento Fica Fícus, Lúcia Formoso lembra que a última reunião com a Prefeitura de Belo Horizonte sobre o tema foi no fim de 2014, quando a administração municipal apresentou aos comerciantes da Avenida Bernardo Monteiro a proposta de revitalização da via. Na ocasião, o movimento lançou uma contraproposta: pensar esses espaços como galerias a céu aberto, usando quatro ou cinco troncos, com apoio de jardinagem e tratamento de madeira. “Começamos a vê-los não como algo sem vida, mas como esculturas, que poderiam ser tratadas e permanecer no local. As outras árvores seriam plantadas ao lado, mas a prefeitura não admite, quer cortar todas, sob alegação de risco de queda”, afirma.
Comerciantes da Bernardo Monteiro temem que a supressão abra caminho para alargar as avenidas e privilegiar a circulação de veículos nesses locais. “Enquanto estiver degradado, quanto pior ficar, mais a população vai desejar uma solução”, diz Lúcia. A comerciante destaca ainda que as raízes dessas árvores, mesmo mortas, têm a capacidade de reter água, ajudando na permeabilização da cidade. “Tem mil funções ali, uma delas é um conjunto que atua como um corredor, uma floresta urbana, que faz a ligação com a Avenida Alfredo Balena e o Parque Municipal”, diz. Outra proposta é transformar a Bernardo Monteiro num parque móvel aos domingos, com a instalação, nesses dias específicos, de equipamentos de lazer que possam viabilizar várias atividades, como ações voltadas para ciclistas e esportes como vôlei, peteca e skate.