Mesmo com a diminuição no número de casos de dengue em maio e início de junho, a doença continua provocando mortes em Minas Gerais. Em uma semana, mais dois óbitos foram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Agora, já são 105 pessoas que perderam a vida depois de serem picadas pelo mosquito Aedes aegypti. Os casos de zika aumentaram 17,5% em uma semana e de chikungunya, 5,2%.
Os dados divulgados pela SES, mostram que o número de casos prováveis da doença vem caindo, mesmo assim, o total já superou a maior epidemia da história de Minas Gerais. Maio foi o mês com o menor número de casos suspeitos, foram 20.452. Em janeiro, foram 63.939, fevereiro 143.993, março 155.090, e abril 99.425. No total, o Estado já concentra 490.474 notificações da dengue, superando 2013, ano da pior epidemia, que teve 414.548.
Outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também tiveram alta em relação à última semana. Mais de 500 casos de zika foram confirmados no período. Os números saíram de 3.056 para 3.592, aumento de 17,5%. Outros 9.362 notificações seguem sendo investigadas. A maioria dos casos foram confirmados por critério clínico epidemiológico em municípios com comprovada circulação do vírus. O parâmetro segue o protocolo do Ministério da Saúde, que estabelece que quando o vírus está em circulação em um determinado local não é preciso realizar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico da doença.
O número de grávidas com zika já chega a 230. Outros 601 estão sendo apurados. Montes Claros, no Norte de Minas, lidera a lista com o maior número de gestantes com a doença, são 41 no total. Em seguida vem Sete Lagoas, na Região Central, e Belo Horizonte, com 28 cada, Ipatinga, no Vale do Aço, com 25, e e Coronel Fabriciano, com 15.
Já em relação a Febre Chikungunya, quatro novos casos foram confirmados em sete dias. O número passou de 76 para 80. Minas já teve 1.648 notificações da doença, sendo que 857 já foram descartadas e outras 711 seguem em investigação.