Depois de negar ter matado e estuprar uma menina de 10 anos, em Buenópolis, na Região Central, Jairo Lopes, de 42, contou detalhes do crime para o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso. O homem, que foi preso na manhã desta quarta-feira na zona rural da cidade, confessou o assassinato, os abusos e ter arrancado o coração da garota. Uma das linhas de investigação é que a motivação do crime foi magia negra. Revoltadas com o caso, aproximadamente 500 pessoas cercaram a delegacia de Curvelo, para onde o preso foi levado, para agredi-lo. Um forte aparato policial cercou o imóvel para evitar invasões.
De acordo com a Polícia Civil, Jairo disse, primeiramente, que o crime foi cometido por questões financeiras. Ele contou que abordou a menina para tentar extorquir dinheiro da família da criança. Porém, essa hipótese foi descartada pelos investigadores pois os parentes da vítima são pobres.
O delegado Vítor Amaro Bedushi, responsável pelo caso, informou que o homem está confuso. No depoimento, segundo o policial, chegou a citar a magia negra. Outra fato que leva a polícia a acreditar nesta possibilidade é por causa de uma tatuagem nas costas do preso que faz referência a uma seita.
Os investigadores vão fazer buscas em Buenópolis em um local apontado por Jairo de onde ele enterrou o coração da menina. Por causa da grande comoção causada pela prisão do homem, que levou centenas de pessoas para a porta da delegacia, ele será encaminhado para um presídio em Curvelo. Um aparato policial foi montada para evitar que a população o agrida.
Uma das testemunhas que identificaram Jairo informou à PM que o suspeito estava próximo da BR 135 e que se ele tivesse chegado a rodovia dificilmente seria visto novamente. A caçada por ele durou cinco dias. De acordo com a Polícia Militar de Buenópolis, o maníaco adotava estratégias para dificultar a sua captura.
Para o tenente-coronel Giovanni Idalmo de Faria, comandante do 42º batalhão da PM, a grande dificuldade foi o local onde o suspeito se escondeu. Mas, agradeceu o apoio da população. “A maior dificuldade foi a mata que é muito fechada e a questão de que ele conhecia bem o local. Mas o que facilitou foi o cerco mantido pela Polícia Militar (PM) durante todos esses dias e o apoio da população e da própria imprensa que manteve os moradores em alerta”, concluiu. .