Professores, alunos e funcionários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se reuniram no início da tarde de hoje em ato contra a fusão dos ministérios das Comunicações e de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovida pela reforma ministerial do presidente interino Michel Temer. Cerca de 300 pessoas participaram da manifestação, realizada no gramado do prédio da reitoria, no Campus Pampulha.
Os organizadores do evento destacaram que, em três décadas da criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a sociedade brasileira constatou o valor do investimento no setor para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Participaram da manifestação dirigentes e ex-dirigentes da universidade, professores, técnicos e estudantes. A manifestação recebeu apoio de entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Nota do Conselho Universitário da UFMG lida na reunião considerou a fusão dos ministérios como “grave retrocesso”. O reitor Jaime Ramírez afirmou que a comunidade da UFMG deve deixar clara sua indignação contra a decisão “inaceitável” e defendeu uma política de Estado para a ciência e tecnologia “forte e de longo prazo, que atenda aos interesses do país”.
A vice-reitora Sandra Goulart Almeida também ressaltou o papel da universidade como foco de resistência. “Não podemos abrir mão de valores como os que têm gerado avanços e contribuir para um movimento unificado que leve à recriação do MICT, que deve ganhar cada vez mais relevância, como promotor de desenvolvimento, cidadania e inclusão”, disse.
O professor Ronaldo Pena, reitor na gestão 2006-2010 e hoje à frente do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), lembrou que não se faz desenvolvimento sustentável sem inovação tecnológica. “Não se deve misturar coisas que não se misturam, como comunicações e ciência, tecnologia e inovação. O MCTI tem sido gerido por pessoas com trajetória acadêmica, como José Israel Vargas e Clélio Campolina; não é lugar de barganhas políticas. É fundamental que nos articulemos para reverter a situação criada pela fusão dos ministérios”, criticou durante o ato.
Entidades apoiaram manifestação
As entidades que representam estudantes, técnico-administrativos e professores também tiveram voz na manifestação. Isabela Mendes, da diretoria recém-eleita do DCE, garantiu apoio da entidade ao movimento “contra retrocessos e pelos direitos sociais". "Não queremos menos ciência, tecnologia e inovação. Queremos mais”, disse a estudante.
A coordenadora do Sindifes, Cristina Del Papa, manifestou apoio ao ato, chamou a atenção para projeto de lei que contém medidas prejudiciais aos servidores federais e pregou a defesa “da educação e da universidade pública, de qualidade”. Representante da Apubh, o professor Armando Neves exaltou a união dos diversos segmentos contra o que também classificou de retrocesso. “Devemos nos espelhar nos artistas, que conseguiram a recriação do Ministério da Cultura. E promover outros atos como este, tantos quantos forem necessários.”
Os organizadores do evento destacaram que, em três décadas da criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a sociedade brasileira constatou o valor do investimento no setor para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Participaram da manifestação dirigentes e ex-dirigentes da universidade, professores, técnicos e estudantes. A manifestação recebeu apoio de entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Nota do Conselho Universitário da UFMG lida na reunião considerou a fusão dos ministérios como “grave retrocesso”. O reitor Jaime Ramírez afirmou que a comunidade da UFMG deve deixar clara sua indignação contra a decisão “inaceitável” e defendeu uma política de Estado para a ciência e tecnologia “forte e de longo prazo, que atenda aos interesses do país”.
A vice-reitora Sandra Goulart Almeida também ressaltou o papel da universidade como foco de resistência. “Não podemos abrir mão de valores como os que têm gerado avanços e contribuir para um movimento unificado que leve à recriação do MICT, que deve ganhar cada vez mais relevância, como promotor de desenvolvimento, cidadania e inclusão”, disse.
O professor Ronaldo Pena, reitor na gestão 2006-2010 e hoje à frente do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), lembrou que não se faz desenvolvimento sustentável sem inovação tecnológica. “Não se deve misturar coisas que não se misturam, como comunicações e ciência, tecnologia e inovação. O MCTI tem sido gerido por pessoas com trajetória acadêmica, como José Israel Vargas e Clélio Campolina; não é lugar de barganhas políticas. É fundamental que nos articulemos para reverter a situação criada pela fusão dos ministérios”, criticou durante o ato.
Entidades apoiaram manifestação
As entidades que representam estudantes, técnico-administrativos e professores também tiveram voz na manifestação. Isabela Mendes, da diretoria recém-eleita do DCE, garantiu apoio da entidade ao movimento “contra retrocessos e pelos direitos sociais". "Não queremos menos ciência, tecnologia e inovação. Queremos mais”, disse a estudante.
A coordenadora do Sindifes, Cristina Del Papa, manifestou apoio ao ato, chamou a atenção para projeto de lei que contém medidas prejudiciais aos servidores federais e pregou a defesa “da educação e da universidade pública, de qualidade”. Representante da Apubh, o professor Armando Neves exaltou a união dos diversos segmentos contra o que também classificou de retrocesso. “Devemos nos espelhar nos artistas, que conseguiram a recriação do Ministério da Cultura. E promover outros atos como este, tantos quantos forem necessários.”
(RB)