Imagens das câmeras de segurança flagraram o momento em que o porteiro de um prédio residencial na Avenida Raja Gabaglia, Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi baleado no fim da manhã desta quinta-feira. O autor do crime chegou ao local alegando querer fazer uma entrega, mas, barrado pelo funcionário, atirou contra ele. A Polícia Militar (PM) trata o caso como tentativa de roubo. Buscas são feitas na região para encontrar o atirador.
O vídeo mostra o momento em que o suspeito, de camisa rosa e branca, chega no imóvel com um pacote embrulhado nas mãos, com o que parece ser um bilhete. O porteiro José Pereira de Souza, de 57 anos, fala ao telefone enquanto recebe a folha das mãos do homem. No meio da conversa, o suspeito parece pedir algo para o funcionário e coloca uma das mãos na cintura, parecendo pegar a arma.
Pouco tempo depois, os dois entram em luta corporal. O invasor sai da cabine onde fica o porteiro e fica fora do alcance da câmera. O funcionário fica na porta e tenta se proteger, mas acaba sendo atingido com um tiro no braço. O médico Thiago Roberto, de 34, que é morador do Edifício Beverly Hills, socorreu o porteiro e o levou para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Antes, ele estancou o sangramento do funcionário. "Aparentemente, um tiro acertou e atravessou o braço, mas ele estava conversando e consciente", afirma o médico.
De acordo com o major Fabiano Rocha, comandante da 124ª Companhia do 22º Batalhão da Polícia Militar, o homem abordou o porteiro dizendo estar com uma encomenda para uma moradora específica do prédio, citando o nome e o andar da pessoa. O porteiro chegou a liberar a entrada dele da rua para uma área antes do hall, onde fica a entrada do estacionamento, mas desconfiou da insistência do motociclista em entregar a encomenda pessoalmente para a moradora. O porteiro barrou a entrada do motociclista, dizendo que os moradores possuem códigos de acesso aos apartamentos.
Uma equipe de policiais militares foi enviada ao hospital para ouvir a vítima. Peritos da Polícia Civil recolheram o objeto usado pelo ladrão para tentar a entrada no prédio, pois ele contém impressões digitais que podem ajudar na identificação. Um capacete que estava com o criminoso também foi recolhido. As imagens do circuito de câmeras serão analisadas e podem levar até o invasor.
A moradora do prédio que foi mencionada pelo motociclista chegou a ser procurada pela polícia e informou que não esperava nenhuma encomenda. No momento do crime, apenas uma funcionária dela estava no local. Até o momento, ninguém foi preso.
A funcionária de um prédio vizinho disse que foi possível ouvir tiros e gritos. Depois disso, a área foi isolada e várias viaturas, inclusive algumas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), chegaram ao local.
(RG)