Os moradores de Paracatu de Baixo, subdistrito de Mariana que foi devastado pela lama de rejeitos que vazou da Barragem do Fundão, em 5 de novembro do ano passado, conheceram ontem três locais candidatos a receber a comunidade. Em julho, as famílias vão votar em qual deles preferem morar. Os terrenos Joel, Toninho e Lucila estão localizados em um raio de até 5 quilômetros do antigo povoado e a 36 quilômetros do Centro de Mariana.
As visitações começaram na tarde de ontem. “As famílias desceram em cada um dos terrenos. Preparamos um banner com informações sobre o tamanho de cada um, características de água. Elas puderam tirar dúvidas e andar um pouco nos locais”, explicou Alexandre Pimenta, funcionário da Samarco e coordenador da frente de reconstrução das comunidades.
As áreas foram selecionadas de acordo com os sete critérios estabelecidos pela própria comunidade: abastecimento de água, disponibilidade de energia, proximidade a Paracatu de Baixo, facilidade de acessos (incluindo o transporte público), manutenção da vizinhança do subdistrito e topografia/relevo adequados.
Desde janeiro, a Samarco analisou 24 propriedades com a participação da comunidade. Foram 18 encontros temáticos sobre o reassentamento, entre grupos de trabalhos e assembleias com todas as famílias. Além das visitações, a empresa organiza os estudos em diferentes formatos, como cartilhas e realidade virtual em vídeo 3D.
O próximo passo será o diálogo com cada uma das famílias para a definição de detalhes como local, estrutura e padrões de acabamento de cada moradia. Uma vez fechados os acordos individuais, a expectativa é de que os projetos de engenharia fiquem prontos até o fim do ano. A Samarco pretende entregar o novo subdistrito até 2019.
(RG)
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