Buenópolis – O homem que confessou ter estuprado e assassinado Raiane Aparecida Cândida, de 10 anos, em Buenópolis, na Região Central de Minas, arrancou o coração da vítima para confirmar a morte da menina e, assim, ter certeza de que jamais seria denunciado por ela. A revelação foi feita por Jairo Lopes, de 42, levado ontem pela polícia ao local onde diz ter cometido os crimes, numa área de difícil acesso na localidade de Córrego da Onça, na zona rural do município. Ele detalhou como matou a garota. Informações dadas por parentes da menina indicam que o ato foi premeditado.
Após uma intensa caçada de seis dias, que envolveu um grande efetivo policial, dezenas de moradores e um helicóptero, Jairo foi preso na manhã de quarta-feira, depois de ser dominado e amarrado com cordas por um grupo de vaqueiros numa fazenda no município de Joaquim Felício, às margens da BR-135, a 40 quilômetros de Buenopólis. Ele foi levado para Curvelo, onde foi autuado e confessou o homicídio. Hoje, deverá ser transferido para um presídio de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ontem, Jairo Lopes foi levado até o local do brutal assassinato pela equipe do delegado Beduschi. O policial disse que não foi exatamente uma reconstituição, mas apenas diligência para tentar encontrar o local onde o maníaco teria deixado o coração de Raiane. “Ele ainda está muito transtornado”, disse Beduschi.
No entanto, o autor confesso deu detalhes, explicando a dinâmica dos crimes. Primeiro, levou os policiais para o meio do matagal, onde disse ter cometido o assassinato. Revelou que atraiu a menina próximo à casa da família dela, quando a vítima caminhava para pegar a van que a levaria à escola. Andou com ela cerca de quatro quilômetros no meio da vegetação, para que não fossem vistos.
A um certo ponto, em uma mata fechada, relatou, ordenou que a menina se deitasse no chão. A vítima nem sequer tirou a mochila que levava nas costas. Em seguida, de acordo com sua descrição, estuprou a garota. Depois, a enforcou com uma corda, cortou-lhe o abdômen e arrancou-lhe o coração, relatou.
Num primeiro depoimento, Jairo disse à polícia que tinha arrancado o coração de Raiane e depois enterrado o órgão por causa de uma “simpatia para fazer chover”, levantando a hipótese de ligação com magia negra. Mas, ontem, o delegado Vitor Beduschi disse que, ao voltar ao local do crime, confessou ter arrancado o coração da menina “para confirmar que ela tinha morrido e que não poderia mais contar pra ninguém”.
Quando os policiais saíam do local do crime, uma parente de Raiane que acompanhava a equipe de reportagem do Estado de Minas quis se aproximar de Jairo. Ela ficou nervosa, mas foi impedida pelos policiais.
A equipe de policial levou Jairo Lopes até o fundo da casa onde morava. Ele disse que tinha “embrulhado” o coração de Raiane em uma sacola plástica e colocado o órgão debaixo de uma pedra, perto de um chiqueiro, no fundo da moradia, mas não indicou o local exato. Os policiais reviraram o terreno, mas nada encontraram.
A morte de Raiane causou grande comoção na região. A menina saiu de casa, na localidade de Siriema, distante 30 quilômetros da área urbana da cidade em 31 de maio. Ela pegaria um ônibus que a levaria à escola, em Salobro, também na zona rural de Buenópolis. A garota não chegou a pegar o coletivo. O corpo dela foi encontrado na tarde de quinta-feira por um grupo de moradores, em área de difícil acesso, no meio do matagal.
PREMEDITADO A aposentada Estelita Cândida, de 83, avó de Raiane, disse que sete dias antes da morte da garota, no feriado de Corpus Christi (26 de maio), Jairo Lopes esteve em sua casa, fazendo perguntas sobre hábitos da família. Ela contou que não conhecia Jairo e que estranhamente ele perguntou pelo pai e por um irmão de criação de Raiane, querendo saber se eles estavam fora. “Nunca tinha visto aquele homem. Ele alegou que tinha combinado uma conversa com meu neto sobre um serviço. Só que perguntei para meu neto e ele falou que nunca houve isso”, contou Estelita. Para Ivane Margareth Viveiros, tia de Raiane, o fato de o homem ter “analisado o terreno” previamente não deixa dúvidas de que ele premeditou o bárbaro crime. “Eu não queria acreditar nisso, mas as circunstâncias levam a crer que tudo foi planejado”, disse Ivane.
Após uma intensa caçada de seis dias, que envolveu um grande efetivo policial, dezenas de moradores e um helicóptero, Jairo foi preso na manhã de quarta-feira, depois de ser dominado e amarrado com cordas por um grupo de vaqueiros numa fazenda no município de Joaquim Felício, às margens da BR-135, a 40 quilômetros de Buenopólis. Ele foi levado para Curvelo, onde foi autuado e confessou o homicídio. Hoje, deverá ser transferido para um presídio de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ontem, Jairo Lopes foi levado até o local do brutal assassinato pela equipe do delegado Beduschi. O policial disse que não foi exatamente uma reconstituição, mas apenas diligência para tentar encontrar o local onde o maníaco teria deixado o coração de Raiane. “Ele ainda está muito transtornado”, disse Beduschi.
No entanto, o autor confesso deu detalhes, explicando a dinâmica dos crimes. Primeiro, levou os policiais para o meio do matagal, onde disse ter cometido o assassinato. Revelou que atraiu a menina próximo à casa da família dela, quando a vítima caminhava para pegar a van que a levaria à escola. Andou com ela cerca de quatro quilômetros no meio da vegetação, para que não fossem vistos.
A um certo ponto, em uma mata fechada, relatou, ordenou que a menina se deitasse no chão. A vítima nem sequer tirou a mochila que levava nas costas. Em seguida, de acordo com sua descrição, estuprou a garota. Depois, a enforcou com uma corda, cortou-lhe o abdômen e arrancou-lhe o coração, relatou.
Num primeiro depoimento, Jairo disse à polícia que tinha arrancado o coração de Raiane e depois enterrado o órgão por causa de uma “simpatia para fazer chover”, levantando a hipótese de ligação com magia negra. Mas, ontem, o delegado Vitor Beduschi disse que, ao voltar ao local do crime, confessou ter arrancado o coração da menina “para confirmar que ela tinha morrido e que não poderia mais contar pra ninguém”.
Quando os policiais saíam do local do crime, uma parente de Raiane que acompanhava a equipe de reportagem do Estado de Minas quis se aproximar de Jairo. Ela ficou nervosa, mas foi impedida pelos policiais.
A equipe de policial levou Jairo Lopes até o fundo da casa onde morava. Ele disse que tinha “embrulhado” o coração de Raiane em uma sacola plástica e colocado o órgão debaixo de uma pedra, perto de um chiqueiro, no fundo da moradia, mas não indicou o local exato. Os policiais reviraram o terreno, mas nada encontraram.
A morte de Raiane causou grande comoção na região. A menina saiu de casa, na localidade de Siriema, distante 30 quilômetros da área urbana da cidade em 31 de maio. Ela pegaria um ônibus que a levaria à escola, em Salobro, também na zona rural de Buenópolis. A garota não chegou a pegar o coletivo. O corpo dela foi encontrado na tarde de quinta-feira por um grupo de moradores, em área de difícil acesso, no meio do matagal.
PREMEDITADO A aposentada Estelita Cândida, de 83, avó de Raiane, disse que sete dias antes da morte da garota, no feriado de Corpus Christi (26 de maio), Jairo Lopes esteve em sua casa, fazendo perguntas sobre hábitos da família. Ela contou que não conhecia Jairo e que estranhamente ele perguntou pelo pai e por um irmão de criação de Raiane, querendo saber se eles estavam fora. “Nunca tinha visto aquele homem. Ele alegou que tinha combinado uma conversa com meu neto sobre um serviço. Só que perguntei para meu neto e ele falou que nunca houve isso”, contou Estelita. Para Ivane Margareth Viveiros, tia de Raiane, o fato de o homem ter “analisado o terreno” previamente não deixa dúvidas de que ele premeditou o bárbaro crime. “Eu não queria acreditar nisso, mas as circunstâncias levam a crer que tudo foi planejado”, disse Ivane.