Justiça confirma sentença de PM que aliciava meninas nas redes sociais

O militar, que se identificava como Ana Rosa para aliciar garotas e praticar atos libidinosos, deve ficar seis anos e oito meses na prisão e perdeu o cargo público

Pedro Ferreira
Um policial militar acusado de usar perfis falsos em redes sociais para aliciar menores e praticar atos libidinosos teve a sua condenação de seis anos, oito meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O crime é tentativa de estupro contra uma adolescente de 13 anos.
A Justiça também confirmou a perda do cargo público, já declarada em primeira instância. A 7ª Câmara Criminal determinou que, após o trânsito em julgado, o réu não possa ser nomeado, designado ou contratado, a título comissionado, para o exercício de funções, cargos e empregos na administração pública direta e indireta do Poder Executivo de Minas Gerais.

Segundo a Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o PM foi preso pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar em maio de 2014, em Itabira, Região Central do estado.

Em dois meses de investigação, o MPMG chegou ao suspeito de usar perfis falsos em redes sociais com o objetivo de aliciar menores para a prática de atos libidinosos. De acordo com a denúncia, o réu se passava por uma adolescente nas redes sociais e se identificava por “Ana Rosa” para se aproximar de outras meninas nas redes sociais. “Depois, a suposta adolescente solicitava que a vítima adicionasse como amigo o seu primo “Jonas Ninha”, outro perfil falso do réu.

A partir daí, o denunciado passava a ameaçar a vítima, dizendo que havia gravado conversas dela com “Ana Rosa”, que nelas existiam assuntos de natureza sexual, e que tudo seria divulgado na internet caso não aceitasse enviar fotografias suas nuas. Em um segundo momento, o réu passou a exigir um encontro com a vítima para prática de sexo oral”, informou o MPMG.

Ainda segundo a denúncia, o crime de estupro não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do acusado, pois a vítima, com receio das ameaças, expôs os acontecimentos à mãe, que procurou o MPMG. Outras possíveis vítimas do acusado confirmaram que vivenciaram situação similar envolvendo os perfis de “Ana Rosa” e “Jonas Ninha”..