De acordo com o MPF, com a paralisação das obras, alguns projetos deixaram de ser realizadas, como viadutos, passarelas, e passagens de níveis. As intervenções ocorreram até o perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, mas o único túnel que interliga os dois lados da cidade não foi duplicado. Para os procuradores responsáveis pela ação, isso agravou a situação. “Construído nos anos 1980, época em que nem sequer havia os chamados bitrens e rodotrens, esse túnel, de mão única, além de não ter capacidade para suportar sobrecarga de peso, com risco de desabamento de suas estruturas, recebe atualmente todo o fluxo de veículos entre os dois lados da cidade, o que vem acarretando filas quilométricas no local”, informaram no documento.
A BR-365 é uma das principais vias de ligação entre os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Segundo o MPF, a falta das obras coloca em risco a integridade física de milhares de pessoas que acessam a rodovia diariamente.
Na ação, é pedida a retomada das obras no prazo máximo de 60 dias, recuperação dos acostamentos e a implantação de um sistema de sinalização no perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, construção das estruturas rodoviárias previstas no projeto original de duplicação da BR-365, como viadutos e trincheiras, rodoanéis e vias marginais. Para garantir os recursos necessários à continuidade das obras, o MPF pede que a Justiça Federal determine a liberação, pela União, de crédito suplementar na Lei Orçamentária Anual.
O Dnit informou que a paralisação da obra se deu para a readequação de projeto de engenharia. Sobre a ação, o órgão informou que não vai se manifestar enquanto não houver decisão. (RB).