O delegado Vitor Amaro Beduschi pretende pedir até quinta-feira a prisão preventiva de Jairo Lopes, de 42 anos, que confessou o estupro e assassinato de Raiane Aparecida Cândida, de 10, em Buenópolis, na Região Central de Minas. O homem está preso desde quarta-feira, pois era foragido da Justiça e respondia por crimes de homicídio, estupro e roubo. Nesta segunda-feira, policiais militares que participaram das buscas, que duraram seis dias, prestaram depoimento. A Polícia Civil ainda aguarda laudos periciais para concluir o crime.
De acordo com o delegado, mais pessoas devem ser ouvidas durante a semana. “Estamos terminando as oitivas. Acredito que até quarta-feira ou quinta-feira vou pedir a prisão preventiva dele em relação a este processo”, afirma Vitor Beduschi, responsável pelo inquérito. “Ouvi hoje (segunda-feira) policiais que participaram das diligências de captura.
Laudos periciais feitos no local do crime, no corpo da criança e a comparação de DNA com materiais genéticos da vítima e de Jairo ainda são aguardados. Segundo a Polícia Civil, eles devem ficar prontos dentro de 30 dias. Desde sexta-feira, Jairo cumpre pena no Presídio José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi transferido de Curvelo, na Região Central de Minas Gerais, por segurança, devido a repercussão que o caso tomou.
A menina saiu de casa, na localidade de Siriema, distante 30 quilômetros da área urbana da cidade, na manhã de terça-feira, 31 de maio. Ela pegaria um ônibus que a levaria à escola, em Salobro, também na zona rural de Buenópolis. Mas a garota não chegou a pegar o coletivo. O corpo dela foi encontrado na tarde de quinta-feira, jogado na beira de uma estrada.
Jairo contou que abordou a garota e caminhou aproximadamente quatro quilômetros com ela ainda viva. Quando estavam no meio de um matagal, afirma que assassinou a garota. A menina sofreu um corte na altura do estômago e teve o coração arrancado. O homem disse que enterrou o órgão próximo a um rio, mas não soube precisar o local.
O homem contou que primeiro estrangulou a garota e depois usou uma faca para mutilar a criança. Jairo disse que arrancou o coração da menina para se certificar da morte. O motivo, de acordo com os investigadores, era impedir que a criança denunciasse o estupro. .