Moda inverno já desfila nas ruas de Minas

Nas vitrines das lojas, os casacos de lã, cachecóis, echarpes, luvas e gorros ganharam destaque, assim como cobertores, mantas e edredons nas lojas de enxovais

Pedro Ferreira
A madrugada mais fria do ano em Belo Horizonte e região metropolitana mudou os hábitos e até o jeito de andar das pessoas.
Na Savassi, Região Centro-Sul da capital, muita gente, mesmo agasalhada, andava com os braços cruzados, na tentativa de se proteger ainda mais. Os termômetros seguiam o ritmo da tarde, caindo cada vez mais. Nas vitrines das lojas, os casacos de lã, cachecóis, echarpes, luvas e gorros ganharam destaque, assim como cobertores, mantas e edredons nas lojas de enxovais.

O frio surpreendeu até mesmo quem está acostumado a temperaturas mais amenas, como é o caso da servidora pública Patrícia Daufenbach Pereira, de 35, que é de Florianópolis (SC) e visita BH desde quinta-feira. “Achei que não fosse precisar de cachecol em Belo Horizonte, mas tive que usar”, disse. O namorado dela, o administrador de sistemas Milton Miranda, de 33, também se surpreendeu. “Moro em Florianópolis, mas sou daqui. Achei que estava fugindo do frio, até usei camiseta na quinta-feira, mas depois fui obrigado a tirar o casaco do armário”, contou.

Além das roupas de frio, a jornalista Rafaela Goltara, de 27, tirou as botas do armário para aquecer as pernas.
“Também mudei a alimentação. No frio, é bom comer algo que te aquece, que dá mais energia, como fondue, chocolate quente, caldos e sopas. E o vinho, claro. Ele não pode faltar neste tempo”, recomenda Rafaela.

Gerente em loja de roupas femininas, Marina Miranda, de 23, conta que mudou toda a decoração da vitrine diante da queda de temperatura. “Coloquei mais blusas de frio, cachecóis e echarpes”, disse.

Se o frio mudou os hábitos de quem mora na cidade, quem vive em condomínios da região metropolitana sente ainda mais a queda da temperatura. É o caso do advogado Sérgio Cruz, de 40, morador de Casa Branca, distrito do município de Brumadinho. Ele, que vive cercado por matas, córregos e cachoeiras, conta que a sua lareira não era acesa havia sete anos. Agora, foi preciso providenciar lenha para manter a casa aquecida à noite. “Temos também três aquecedores elétricos, um para cada quarto”, completa.

Nos fins de semana, quando recebe visitas, o vinho também tem sido um bom companheiro para aquecer o corpo e a alma. “Senti a sensação do frio que não tinha há uma década. Meu filho de 10 anos acorda 5h30 da manhã para ir à escola e só a jaqueta não resolve. Ele tem que usar gorro e luvas para aguentar o frio”, detalhou..