De acordo com a Samarco, a apresentação de um PDV foi sugerida pelos sindicatos para minimizar os impactos das demissões necessárias para adequar a força de trabalho da empresa à sua nova realidade, uma vez que há indefinições sobre a volta das operações depois da tragédia de novembro, com o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, Região Central de Minas, que matou 19 pessoas, destruiu comunidades e provocou o maior desastre ambiental da história do país.
A proposta final da Samarco fala de 50% do salário para cada ano de trabalho, limitado a quatro salários; valor fixo equivalente a três salários, limitando a R$ 7,5 mil; não será efetuado desconto na recissão de contrato do adiantamento de participação de lucros e resultados; e concessão de plano de saúde por seis meses após a data de demissão. Caso o empregado tenha dívidas de plano de saúde, será perdoado o valor que exceda 30% do total da rescisão. Os empregados da mineradora poderão aderir ao PDV entre 27 de junho e 29 de julho.
“Os níveis gerenciais, com exceção de chefe de equipe, não poderão aderir ao PDV. Nesse caso, as demissões serão realizadas a critério da empresa. O profissional demitido terá os mesmos benefícios previstos no PDV”, informou a Samarco.
Ainda de acordo com a empresa, sua nova realidade exige a redução de cerca de 40% do seu quadro de funcionários. “A empresa ainda não tem sinalização sobre quando serão concedidas as licenças, e a expectativa é de um retorno com apenas 60% da capacidade operacional por alguns anos”, informou a Samarco, por meio de nota.
“É preciso ressaltar que a retomada das operações é imprescindível para a manutenção de 60% da sua força de trabalho em Minas Gerais e Espírito Santo e para que a empresa continue a gerar empregos, pagar impostos e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades”, continua a nota.
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