A Samarco acertou os últimos detalhes nesta quarta-feira para colocar em prática o programa de demissões voluntárias (PDV) e dispensar 1,2 mil dos cerca de 3 mil funcionários da mineradora em Minas e Espírito Santo. A proposta final foi apresentada aos sindicatos das categorias e vai para assembleia dos sindicados para ser validada, na segunda, terça e quarta-feira da próxima semana, segundo a mineradora.
De acordo com a Samarco, a apresentação de um PDV foi sugerida pelos sindicatos para minimizar os impactos das demissões necessárias para adequar a força de trabalho da empresa à sua nova realidade, uma vez que há indefinições sobre a volta das operações depois da tragédia de novembro, com o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, Região Central de Minas, que matou 19 pessoas, destruiu comunidades e provocou o maior desastre ambiental da história do país.
“Os níveis gerenciais, com exceção de chefe de equipe, não poderão aderir ao PDV. Nesse caso, as demissões serão realizadas a critério da empresa. O profissional demitido terá os mesmos benefícios previstos no PDV”, informou a Samarco.
Ainda de acordo com a empresa, sua nova realidade exige a redução de cerca de 40% do seu quadro de funcionários. “A empresa ainda não tem sinalização sobre quando serão concedidas as licenças, e a expectativa é de um retorno com apenas 60% da capacidade operacional por alguns anos”, informou a Samarco, por meio de nota.
“É preciso ressaltar que a retomada das operações é imprescindível para a manutenção de 60% da sua força de trabalho em Minas Gerais e Espírito Santo e para que a empresa continue a gerar empregos, pagar impostos e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades”, continua a nota. (RB)