De acordo com a Polícia Civil, R. foi solto depois que expirou a decretação de sua prisão temporária. Um pedido de conversão para prisão preventiva foi feito pela pela delegada que apura o caso, porém, não foi atendido a tempo de manter o acusado atrás das grades. Depois do deferimento do pedido, ele agora está na condição de foragido e procurado pela Justiça.
Por ocasião de sua prisão, em maio, durante ação conjunta de policiais militares e civis, não houve flagrante. Porém, o acusado foi encaminhado à Delegacia de Crimes Contra as Mulheres, onde foi reconhecido por três vítimas, por meio de foto e posteriormente, de forma presencial. A delegada Luciana Libório, responsável pelo caso, pediu a prisão preventiva dele, mas a Justiça concedeu a temporária por 30 dias.
Com a conclusão do inquérito policial antes do fim do prazo, em 24 de maio, a delegada enviou à Justiça o documento com o relato das investigações, que confirmam o envolvimento de R.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que responde pelo sistema prisional, informou que diariamente são realizadas consultas pela administração de suas unidades ao Sistema de Informação Policial (SIP) para verificar se há impedimento ou novo mandado de prisão contra os detentos.
Segundo a Seds, a prisão temporária de R.P.S. vencia dia 10 de junho, sendo que, até meia-noite, não havia nenhum impedimento cadastrado no sistema. “Verificando o sistema, identificamos que a inserção só foi feita dia 16 de junho, ou seja, seis dias após o vencimento da prisão temporária”, diz a nota.
A assessoria de imprensa do Fórum Lafayette informou que o juiz do caso converteu a prisão temporária em preventiva. A ordem foi expedida pelo órgão responsável pela soltura dos presos dentro do prazo, segundo a Justiça. O Ministério Público de Minas Gerais informou que o promotor do caso não foi encontrado para falar sobre a questão.
Violência com arma dentro do carro
De acordo com informações da polícia, R. abordou pelo menos três mulheres, que, sob mira de uma arma de fogo, sofreram abuso sexual dentro do carro do autor. O primeiro caso ocorreu em 17 de abril, e teve duas vítimas: uma mulher de 44 anos e outra de 37, atacadas na região de Venda Nova após aceitarem carona que o criminoso ofereceu na saída de uma boate.
No dia 8 do mês passado, uma mulher de 49 anos saía pela manhã para trabalhar quando foi abordada no Bairro São Luís, na Pampulha, e obrigada a entrar no Siena vermelho do homem, onde sofreu os abusos. Imagens de câmeras de segurança registraram a agressão. Depois de preso, o acusado, que é casado, negou o estupro, mas reconheceu que o veículo nas imagens era o seu.
(RG)
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