- Foto: Carolina Mansur/EM/D.A PressMotoristas e cobradores do transporte alternativo de Betim fazem paralisação na manhã deste sábado (18) em protesto à alterações no quadro de horários e trajetos de oito linhas da Viação Santa Edwiges, empresa de ônibus que compartilha a operação do transporte coletivo na cidade. A alegação é de que a viação teria realizado as mudanças sem comum acordo e autorização da Empresa Municipal de Transporte e Trânsito (Transbetim), órgão que gerencia o transporte e trânsito. Projeto elaborado por consultoria independente pretende reestruturar todo o transporte na cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mudança é polêmica e divide opiniões. A Santa Edwiges se defende afirmando que permitiu que o transporte alternativo realizasse várias alterações até o fim de 2015 e que o projeto deveria ter sido implantado em fevereiro.
Presidente da Cooperativa de Transporte Alternativo de Betim (Cooperbet), George Santos alega que a Santa Edwiges alterou a partir das 5h30 de hoje o itinerário de oito linhas – entre elas, 830 A, 830 B, 131 A, 131 B, 415, 210, 261 –, o que prejudicaria os usuários e os trabalhadores do transporte alternativo.
Segundo George havia um acordo entre o transporte alternativo e a empresa de ônibus para que não fosse realizada nenhuma alteração no itinerário das linhas dos dois sistemas até que a reestruturação fosse aplicada. Com a paralisação, apenas 30% da frota de 170 micro-ônibus do transporte alternativo estão em circulação. A paralisação se encontra neste momento na Av. Bandeirantes, principal acesso de Betim pela Rodovia Fernão Dias.
Até meio dia os trabalhadores pretendem se dirigir ao Centro de Betim, permanecendo por lá até que a alteração nas linhas seja revogada.
Responsável pelo atendimento em 11 linhas da cidade há 14 anos, o transporte alternativo de Betim transporta uma média de 1,4 milhão de passageiros/mês. “Transportamos 55% da cidade e não podemos admitir isso”, acrescenta Suzuki.
- Foto: DivulgaçãoOUTRO LADO Diretor administrativo da Santa Edwiges, Luis Fernando Paschoalin afirma, por outro lado, que acertou as alterações com o transporte alternativo ainda no ano passado e desde fevereiro amarga uma queda de demanda de 20% nas cerca de 20 linhas operadas pela empresa. Ao todo, a Santa Edwiges possui um quadro de 550 funcionários e 138 ônibus no transporte municipal de Betim. “Ficou combinado mudar primeiro o transporte alternativo e depois as linhas da empresa. No final do ano passado contratamos o projeto e acertamos o acordo de boa fé. Para eles está confortável, pois os micro-ônibus não rodam a partir das 22h e em linhas deficitárias, além de deixar passageiros com direito a gratuidade (idosos e deficientes) para trás, serviços assumidos pela empresa”, defende.
PROJETO Estudo elaborado pela consultoria Tecnotran propõe que o transporte coletivo de Betim seja dividido em três áreas operacionais: uma atendida exclusivamente pelos alternativos, outra de competência da Viação Santa Edwiges e uma terceira área de livre acesso para os micro-ônibus e ônibus. A área 1 atenderia os bairros Citrolândia, Bandeirinhas, Icaivera, Marimbá, PTB e Petrovale, pela empresa de ônibus; a área 2, os bairros Alterosas, Imbiruçu e Teresópolis, com os permissionários do transporte alternativa; e a área 3 o Centro de Betim, reunindo toda a frota municipal.
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Estado de Minas tentou contato com a Transbetim, prefeitura de Betim, mas as ligações não foram atendidas..