O grupo exige a construção de uma passarela para fazer a travessia entre os bairros Pindorama, na Região Noroeste de BH e Água Branca, em Contagem. Com cartazes nas mãos, eles lembram pessoas que morreram atropeladas na rodovia. Após negociações com a polícia, a rodovia foi liberada. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ainda há lentidão no trecho por conta do grande número de veículos.
A gota d'água, segundo os manifestantes, foi a morte de Maria de Souza Pereira, de 77 anos, atropelada na última quinta-feira no local. Segundo o cozinheiro Rodrigo Luiz Pereira, 41, que é filho de Maria de Souza, os motoristas não param para que os pedestres atravessem. "Minha mãe é só mais uma vítima dessa situação de travessias perigosas na BR-040. Queremos uma passarela e eu também espero que a Polícia Civil investigue o caso, já que a pessoa que atropelou acabou fugindo", diz o cozinheiro.
Policiais do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e do 34º Batalhão da Polícia Militar estiveram no local para conter os manifestantes e evitar a colocação de uma nova barreira no outro sentido da BR-040.
Segundo o tenente-coronel Giovanne Silva, comandante da Rotam, a estratégia usada pela PM foi permitir a manifestação somente até a chegada dos bombeiros, já que não havia o que fazer antes da remoção da barreira em chamas. "A partir daí impedimos que novos pneus fossem colocados e também não permitimos o fechamento do restante da rodovia. Com a retirada dos pneus, usamos uma granada emborrachada de efeito moral para evitar o contato físico com os policiais", afirma o tenente-coronel.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez mediação com os moradores e acionou um representante da Via 040, para se reunir com manifestantes, ouvir as demandas e conversar sobre a instalação de uma passarela no trecho.
A Via 040 respondeu em nota que as passarelas previstas no Programa de Exploração da Rodovia (PER) serão implantadas em conjunto com o desenvolvimento do projeto de modernização da rodovia, respeitando o cronograma de obras definido no contrato de concessão. "Estudos para a construção de passarelas não previstas no contrato (caso do km 531) foram encaminhados para avaliação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que se manifestará oportunamente", completou a nota.