O último envolvido com a morte do auditor fiscal da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Iorque Leonardo Babosa Junior, de 42 anos, que está preso vai ser julgado nesta terça-feira no Segundo Tribunal do júri. O crime ocorreu em 2014, no Bairro Padre Eustáquio, Noroeste. O ex-policial civil Ernandes Moreira Santos, que era amante da ex-mulher da vítima, Alessandra Lúcia Pereira Lima, de 41, vai sentar no banco dos réus às 8h30. A mulher foi condenada em maio a 14 anos de prisão. Outros dois envolvidos, os irmãos Otávio de Matos Rodrigues e Flávio de Matos Rodrigues foram condenados a 14 anos e seis anos de prisão, respectivamente.
O assassinato de Iorque Leonardo, que era auditor fiscal de tributos aconteceu a cerca de 200 metros do prédio em que morava, em fevereiro de 2014. Ele seguia para o trabalho e, por volta das 7h, na esquina das ruas Curupaiti e Lorena, um homem o chamou pelo nome e atirou. Sete disparos acertaram a cabeça do auditor. O assassino foi visto correndo e entrando em um Renault Scénic grafite, ocupado por mais dois homens.
As investigações sobre o caso foram baseadas em análise de imagens de câmeras de segurança, bilhetagem e interceptações telefônicas. Foi assim que a polícia conseguiu chegar até os envolvidos no crime. Alessandra, principal suspeita do crime, trocou mais de mil ligações com o policial civil Ernandes Santos em aproximadamente dois meses. Os contatos demonstraram uma aproximação entre os dois, apesar da mulher afirmar que ele não era seu amante.
A motivação para o crime seria econômica. Com a morte do auditor, Alessandra receberia pensão de R$ 15 mil por mês, além de R$ 130 mil de férias prêmio que eram devidas ao funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte.