Metroviários de Belo Horizonte se reuniram para uma assembleia na tarde desta segunda-feira na área da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Bairro São Gabriel, na Região Nordeste de Belo Horizonte. A categoria decidiu suspender movimento marcado para esta terça-feira, quando poderiam parar as atividades por causa da falta de manutenção dos trens. Porém, uma empresa terceirizada contratada pela CBTU iniciou os serviços hoje. Mesmo assim, o grupo não descarta uma nova paralisação nessa semana, pois haverá na quarta-feira uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tratar da campanha salarial.
A falta de manutenção dos trens é uma preocupação da categoria, por causa da segurança. Na última sexta-feira, segundo o sindicato dos metroviários (Sindimetro), a operação contou 17 trens em horário de pico, sendo que o ideal seriam 21, de acordo com o sindicato. “Tínhamos marcado uma assembleia geral para amanhã (terça-feira), pelo fato de existir a possibilidade de não haver trens suficientes para ofertar, por falta de manutenção. Porém, nesta segunda-feira a empresa terceirizada começou a trabalhar e por isso a reunião foi suspensa”, explicou Romeu José Machado Neto, vice-presidente do Sindimetro.
Com a decisão, a paralisação está suspensa pelo menos até quarta-feira, quando a categoria vai ter audiência de conciliação no TRT. “São duas coisas diferentes. Sobre a condição de trabalho, estamos suspendendo a paralisação. Mas, sobre a questão salarial, vamos marcar assembleia para quarta ou quinta-feira. Caso não haja acordo, pode haver uma retomada das paralisações, que foram suspensas em maio”, afirmou Romeu Neto.
Outro problema, segundo os trabalhadores, é a falta de verba. De acordo com o Sindimetro, dos R$ 120 milhões previstos inicialmente para o metrô de BH este ano, só seriam liberados R$ 78 milhões, montante que voltou a ser cortado. A liberação de R$ 40 milhões ainda estaria pendente. “Vamos nos reunir com o superintendente da CBTU nesta terça-feira para discutir a situação, pois o fato da empresa terceirizada começar a fazer a manutenção não é a solução. O que melhoraria é a vinda de recurso”, comenta o vice-presidente do sindicato.
Em 15 de maio deste ano os metroviários fizeram uma paralisação em Belo Horizonte. Porém, a greve foi suspensa depois de reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre a categoria e a CBTU. No dia, o Sindimetro informou que a empresa se comprometeu a conceder reajuste de 9,28%, a aumentar o número de vales-refeição, de 28 agora para 30, somando R$ 768 aos ganhos dos empregados, além de fornecer duas toalhas individuais por semestre para funcionários das oficinas de manutenção, suspendendo a entrega de toalha higienizada diariamente.
30 anos de metrô
O metrô de Belo Horizonte está prestes a completar 30 anos. Considerando a realidade dos 210 mil passageiros que se espremem nos vagões a cada dia, o Estado de Minas prepara reportagem transmídia especial para relembrar o 1º de agosto de 1986, quando uma composição da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) transportou passageiros pela primeira vez na cidade.
Leitores do jornal, convocados por meio da hashtag #metroimaginario, vão usar as redes sociais e o WhatsApp para apontar caminhos para o sistema (veja abaixo como participar). A proposta da reportagem é coletar e tabular as participações e, junto a especialistas, traçar o mapa e as estruturas do que seria o metrô ideal no imaginário da população.
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(RG)