(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Delegacias de BH reduzem atendimento ao público durante greve

Delegacias diminuíram quantidade de atendimentos ou resolveram retardá-los. Tempo de espera de vítimas e policiais militares foi longo nesta segunda-feira


postado em 20/06/2016 18:38 / atualizado em 20/06/2016 22:21

Longa espera e atendimento reduzido nas delegacias de Belo Horizonte por causa da greve da Polícia Civil, nesta segunda-feira. No primeiro dia de mobilização, unidades da corporação estão com portas abertas e os agentes no local de trabalho, mas em várias divisões estão mantendo procedimentos padrões, que inclui retardar ou reduzir o atendimento ao público. A expectativa da categoria é de que, nesta terça-feira, os serviços fiquem ainda mais comprometidos, devido ao aumento da adesão à paralisação e ao retorno de um grande número de pessoas que não conseguiram atendimento no primeiro dia da greve.


Na Divisão de Polícia Especializada da Mulher, do Idoso e do Deficiente, no Barro Preto, Centro-Sul de BH, por volta das 14h desta segunda, vítimas que haviam chegado por volta das 4h30 para registrar boletim de ocorrência por agressão ainda esperavam. Um agente informou que os servidores da delegacia resolveram seguir o Código de Processo Penal à risca. Segundo ele, todas as oitivas devem ser acompanhadas pelo delegado. Fora da greve, já que há apenas uma delegada para a função, os escrivães atendem as vítimas e depois leem o depoimento para a chefe da unidade. No primeiro dia da greve, ela participou de todas as oitivas, o que atrasa, e muito, o atendimento.

Os flagrantes são prioridade. “É uma longa espera apenas para registrar um boletim de ocorrência. E, quando pensamos que será nossa vez, chega uma viatura da Polícia Militar e passa na frente”, reclamou uma vítima, que não quis se identificar. Mesmo assim, os casos levados por militares também demoravam. Um PM tentava o resgistro da ocorrência para a qual foi designado desde as 8h. “Normalmente, resolveríamos isso em duas a três horas”, disse. Na portaria, um agente anotou no papel a ordem de atendimento, numa espécie de senha informal.

A poucos metros dali, na Delegacia Especializada em Investigação de Furtos e Roubos de Veículos Automotores, o atendimento estava sendo feito apenas pela manhã e, mesmo assim, a 30% do público que procurava o local. A liberação de veículos que foram roubados, mas recuperados, também está contada: somente 10 senhas por dia. O carro do assistente adminsitrativo Rafael Patrício Mafra, de 27 anos, foi encontrado, na sexta-feira passada, 15 minutos depois do roubo e, apesar de ter avisado à PM que o guincho da seguradora rebocaria o veículo, os militares o levaram ao pátio da delegacia.

Nesta segunda à tarde, ele teve a notícia de que não poderia ir para a casa com o carro e foi orientado a chegar no dia seguinte bem cedo para conseguir uma senha. "Hoje (segunda), tive que sair mais cedo do trabalho. Amanhã (terça), terei de chegar mais tarde. Em tempos de crise, é complicado fazer o chefe entender isso. E voltarei aqui sem a garantia de conseguir, já que são poucas senhas."

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que nenhum serviço essencial, como registro de flagrantes, assinatura de termos circunstanciados de ocorrência (TCO) e atendimento do Instituto Médico Legal (IML), foi atingido. Acrescentou que as negociações com o sindicato da categoria estão em andamento.

O sindicato da categoria infomou que a greve atinge servidores de todo o estado.

(RG)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)