O Sest trata desconforto físico, dor, rigidez, tendinite e distonia focal, problemas que costumam afetar quem trabalha com música. “Embora as pessoas não associem a flauta, o piano ou o violão, por exemplo, a qualquer risco para a saúde, o índice de desgaste físico entre músicos é alto”, informou o HC-UFMG. No encontro desta terça-feira, ex-pacientes do serviço falaram sobre o processo pelo qual passaram. Houve demonstração de exercícios de respiração, aquecimento, relaxamento e alongamentos dos músculos, automassagem e percepção das tensões do corpo.
Um dos músicos que recorreram ao serviço é o professor de violão Vladimir Zapata, de 59 anos. Ele somente conseguiu continuar com as suas aulas graças ao tratamento, há cerca de quatro anos. Vladimir conseguiu se livrar das fortes dores nas costas que sentia durante os ensaios. “Sou de uma época em que se aprendia violão sem orientação.
A equipe do programa é formada por quatro médicos, duas terapeutas ocupacionais, um fonoaudiólogo, um psicólogo e um músico da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG, esse para identificar as queixas e o nexo ocupacional. “Sempre que possível, eles levam o instrumento musical para que sejam observados o modo de utilização do corpo e a presença ou não de tensão muscular contínua”, explica a terapeuta ocupacional Ronise Costa Lima, uma das fundadoras do programa.
As atividades são realizadas, prioritariamente, em grupo, com oito encontros semestrais, a cada 15 dias. A assistência individual é indicada nos casos em que os sintomas e queixas já comprometem a atividade laboral e necessitam de intervenções médicas específicas. Todo o tratamento é gratuito.
Interessados no serviço devem entrar em contato com o Sest pelo telefone (31) 3409-9564, ou pelo e-mail sestterapiaocupacional@gmail.com. A média de espera é de três a seis meses. O Sest atende na Alameda Álvaro Celso, 175, no Bairro Santa Efigênia, Região Hospitalar. (RB).