A medida é pioneira para proteger gestantes do transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya, sendo reconhecida por parte do Ministério da Saúde e instituições nacionais de proteção à criança. A previsão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) é contemplar grávidas de mais nove bairros das regiões Leste, Noroeste, Pampulha, Barreiro e Oeste. A média é de 12 instalações de tela por dia.
Segundo a PBH, o equipamento oferece dupla proteção, por representar barreira física e bioquímica ao Aedes aegypti. “O equipamento consiste em uma tela de malha fechada impregnada por produto inseticida que contém cipermetrina e polietileno não inflamável. As telas têm validade de cinco anos ou 20 lavagens”, informou. O equipamento tem certificação ISO 9000 e 2000 e é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A prioridade é para grávidas que moram em locais de confirmação de circulação do zika vírus e que estejam no primeiro ou no segundo trimestre de gestação. As gestantes de áreas de risco são identificadas nas consultas de pré-natal e as equipes de Saúde da Família acompanham o processo e orientam a instalação. As gestantes assinam um termo de consentimento para a instalação”, informou o município.
De acordo com a gerente de Assistência à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Taciana Malheiros, a tela complementa os demais trabalhos já oferecidos para diminuição dos casos de dengue e para prevenir a zika em gestantes. “É importante lembrar que ela não substitui os demais cuidados, como eliminar os reservatórios de água parada. A medida é somatória e não substitutiva às que já existem”, alertou Taciana.
Em maio, as telas também foram instaladas na Casa da Gestante Zilda Arns, unidade de cuidado vinculada ao Hospital Sofia Feldman destinada ao acolhimento e ao acompanhamento de gestantes que apresentam agravos na gravidez.
(RG)