Com isso, a previsão é de que as obras comecem no início do ano que vem, com prazo de três anos para conclusão. Além desta, a Prefeitura de Belo Horizonte diz ter na lista de prioridades para o início de 2017 outras duas intervenções de grande porte: a ampliação da rede de drenagem do Córrego do Leitão, na Avenida Prudente de Morais (Centro-Sul), além da construção da bacia de detenção do Córrego Barreiro (Bacia das Indústrias), no limite com Contagem, esta última para evitar alagamentos na Avenida Tereza Cristina. Os editais para contratar as duas obras devem ser lançados nos próximos meses. O pacote das três intervenções soma R$ 380 milhões, com recursos garantidos do Ministério das Cidades.
Esses e outros projetos foram anunciados desde o fim de 2011 e, além de muito aguardados, continuam sendo um desafio para a cidade. Apesar de anunciada pela gestão Marcio Lacerda, a implantação dos canteiros de obras está marcada para o início do ano que vem, quando a administração municipal será outra, já que o atual prefeito não pode ser reeleito. Porém, o superintendente da Sudecap, Humberto Abreu, sustenta que essas intervenções não vão encontrar dificuldade para execução, tendo em vista que o projeto executivo está pronto e os recursos, garantidos.
No caso dos demais projetos em que a PBH ainda pleiteia orçamento junto à União – como as importantes ampliações das redes de drenagem do Córrego dos Pintos (Avenida Francisco Sá) e do Córrego Cachoeirinha (Avenida Bernardo Vasconcelos), entre outras –, Humberto diz que “o novo governante vai assumir com produtos prontos e com negociações em fase adiantada com o ministério”.
Para ficar completa, inclusive, a intervenção prevista para o entorno dos córregos Pampulha e Onça precisa ainda de mais duas etapas de obras: a construção do canal que interligará os dois cursos d’água e a implantação do parque linear do Ribeirão do Onça. No primeiro caso, será construído um canal paralelo ao já existente, com início próximo ao Minas Shopping. Também será feita manutenção da galeria atual, com extensão de 1.000 metros, para melhorar o escoamento do Cachoeirinha.
O projeto completo – que promete solução para os recorrentes problemas de inundação na região do aeroporto da Pampulha e na Avenida Cristiano Machado – inclui ainda a terceira etapa, também sem recursos, que é a implantação do parque, no trecho de leito natural do Onça (entre o fim da canalização, onde há uma cachoeira, até a estação de tratamento de esgoto da Copasa). Para isso, será necessário remover 1.300 famílias de áreas de risco.
Com pagamento de indenizações e construção de 576 unidades habitacionais para onde parte dos removidos será levada, o gasto será de R$ 140 milhões. As demolições de imóveis têm custo de R$ 16 milhões e a limpeza da área, de mais R$ 16 milhões. A implantação do parque foi orçada em R$ 220 milhões. O projeto da área verde será finalizado em outubro e, em seguida, a Sudecap dará início à captação de recursos. A previsão é de que as obras comecem no 2º semestre de 2017.
SEM PREVISÃO Outras obras importantes para BH, no entanto, não passam pelo cronograma da Sudecap por não terem projeto, nem recursos. Na lista entram a bacia de detenção do Cercadinho (Palmeiras/Buritis) e obras de drenagem para os córregos Quaresma (Venda Nova), Imbira (Jardim Guanabara), Barreiro (Barreiro de Baixo) e Fazenda Velha..