O programa, de acordo com a mineradora, atende sugestão dos sindicatos para minimizar os efeitos de demissões que são necessárias devido à nova realidade da mineradora. Depois de estudos sobre a retomada das operações, concluiu-se que, quando a Samarco for autorizada a retornar, ela contará com no máximo 60% da sua capacidade produtiva. Dessa forma, é preciso que a empresa faça uma redução de 1200 postos de trabalho, dos cerca de 3000 empregados das unidades em MG e ES.
A Samarco teve suas operações suspensas desde 5 de novembro último, quando houve o rompimento da barragem, que matou 19 pessoas. No período, para manter seu quadro de pessoal, a mineradora concedeu férias coletivas, licença remunerada e dois períodos de lay off. Mas sem definição sobre a data da volta da operação e a redução da sua capacidade produtiva, a empresa busca agora manter 60% de sua força de trabalho.
Entre os benefícios oferecidos pela Samarco aos que aderirem ao plano estão a concessão de 50% do salário para cada ano de trabalho, limitado a quatro salários; valor fixo equivalente a três salários, limitado a R$ 7.500; plano de saúde por seis meses após data de demissão; e perdão do adiantamento da participação de lucro e de dívidas anteriores com o plano de saúde dos empregados..