Num ambiente quase hostil, eles têm em comum a dor, seja por alguma patologia, seja pelo abandono. Em hospitais e casas de acolhimento, crianças e adolescentes travam uma luta diária. Longe de casa para tratar doença ou curar coração e alma da desestruturação familiar, aquele espaço se torna um verdadeiro lar, com cantinho especial para a infância passar como deve ser: ativa, sem pressa e com o doce sorriso da vida. É esse o gostinho que ganham as brinquedotecas em hospitais, instituições de acolhimento e creches. Construídas e financiadas por parcerias de peso, elas se tornam locais de aconchego e queridinhas da meninada.
Criado em 2011, o projeto Brincadeira é coisa séria é fruto da parceria entre a Fundação CDL Pró-Criança, CDL/BH e da CDL Jovem. As outras brinquedotecas construídas em instituições de acolhimento, creches e hospitais de BH já beneficiaram 335 crianças e adolescentes. Mayrink explica que o espaço da diversão é sempre feito num cômodo do imóvel. “Você pega um ambiente sem nada e possibilita uma oportunidade para a criança brincar e ler, despertando o lado vocacional dela”, diz o presidente, que espera inaugurar ainda este ano mais uma brinquedoteca.
No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em BH, o décimo andar também tem algo a mais. Lá, crianças internadas – algumas por longo tempo, podendo chegar a mais de um ano – veem na brinquedoteca o lugar de ser criança. É onde a dor passa, acaba, é esquecida. É onde se pode movimentar, criar e, dentro do possível, pular. Deixar ser criança, como todas as outras. Ali, sonda, soro, bombinhas parecem não existir, mesmo que junto a equipe médica e familiares tenham que ficar por perto para controlar tanto alvoroço e cuidar dos equipamentos que, infelizmente, alguns pequenos não podem deixar para trás. As brincadeiras são livres, observados os devidos cuidados.
“A brinquedoteca se torna fundamental nesse ambiente hostil, no qual as crianças são privadas do lar, dos irmãos, do brincar. Traz um lugar próprio da infância, que é perdido quando elas entram aqui. Trocam com outras crianças, conhecem brincadeiras novas, têm alegria”, descreve a terapeuta ocupacional Karine Silva Santos, uma das responsáveis pelo espaço. Ela conta que, quando não há atividades, os meninos ligam alvoroçados querendo saber o porquê. “Outro dia havia duas funcionárias gripadas e, por isso, não pudemos abrir o local. Um menino questionou: elas que estão gripadas e nós que pagamos o pato?”, contou, aos risos.
ALEGRIA A brinquedoteca foi construída com apoio da Fundação Sara Albuquerque Costa e do Instituto Ronald McDonald. Hoje, a manutenção conta com pessoas que conhecem o trabalho e querem colaborar. “O espaço ameniza o sofrimento da internação. Brincar tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança”, destaca Karine.
É o que reitera a gerente da assistência social da Fundação Sara, Fernanda Aparecida Araújo: “A brinquedoteca hospitalar é uma forma de trazer o universo infantil, das cores, dos brinquedos, da alegria, para um ambiente que normalmente envolve muita dor e sofrimento. O brincar é terapêutico na medida que possibilita a expressão e elaboração dos sentimentos. Por meio das brincadeiras, a criança fala dos seus conflitos e de seus medos. A brinquedoteca, além de contribuir na humanização do ambiente hospitalar, é fundamental na promoção de saúde”.
A fundação reforma e humaniza ambientes hospitalares onde as crianças e adolescentes assistidos pela entidade fazem tratamento, sendo o Hospital das Clínicas um deles. Fernanda diz que promover a melhoria do tratamento é um dos pilares da entidade. Por meio da parceria com o Instituto Ronald McDonald, foram reformados e equipados espaços da Santa Casa de BH e de Montes Claros (Norte de Minas). Todas as melhorias feitas são fruto da campanha McDia Feliz. Este ano, a fundação pretende participar novamente, para fazer mais melhorias no tratamento oferecido pelas Santas Casas das duas cidades.
Vilson Mayrink, da Fundação CDL, diz que ajudar é fácil: basta ir e participar. “Ficamos no mundo da gente, com nossa pressa e compromisso e não vemos que à margem de nós há tanta dificuldade e sofrimento. A coisa mais difícil é o tempo que você não tem para se dedicar à causa social. Devolvemos para a sociedade um ser humano melhor, com mais educação. Por meio do nosso projeto, temos a oportunidade de servir a comunidade.”
TRANSFORMAÇÃO Na Creche Padre Francisco, no Bairro São Geraldo, Região Leste de Belo Horizonte, o antigo quarto de despejos passou por verdadeira mágica, graças ao projeto Jornada Solidária Estado de Minas. Nem a viga principal impediu a proposta de transformar o espaço em uma brinquedoteca. Com alguma imaginação, o obstáculo virou uma pista de corrida para as crianças, que curtiram a novidade. “Para nós, é fundamental construir uma brinquedoteca nas creches, seja com o aproveitamento de um cantinho que já havia ou com a construção a partir do zero, algumas até com palco para teatro”, afirma a jornalista Isabela Teixeira da Costa, coordenadora da Jornada Solidária Estado de Minas. No novo formato do programa de responsabilidade social dos Diários Associados de Minas Gerais, já foram reformadas e/ou construídas 35 creches comunitárias, todas elas contendo brinquedotecas.
Criado em 2011, o projeto Brincadeira é coisa séria é fruto da parceria entre a Fundação CDL Pró-Criança, CDL/BH e da CDL Jovem. As outras brinquedotecas construídas em instituições de acolhimento, creches e hospitais de BH já beneficiaram 335 crianças e adolescentes. Mayrink explica que o espaço da diversão é sempre feito num cômodo do imóvel. “Você pega um ambiente sem nada e possibilita uma oportunidade para a criança brincar e ler, despertando o lado vocacional dela”, diz o presidente, que espera inaugurar ainda este ano mais uma brinquedoteca.
No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em BH, o décimo andar também tem algo a mais. Lá, crianças internadas – algumas por longo tempo, podendo chegar a mais de um ano – veem na brinquedoteca o lugar de ser criança. É onde a dor passa, acaba, é esquecida. É onde se pode movimentar, criar e, dentro do possível, pular. Deixar ser criança, como todas as outras. Ali, sonda, soro, bombinhas parecem não existir, mesmo que junto a equipe médica e familiares tenham que ficar por perto para controlar tanto alvoroço e cuidar dos equipamentos que, infelizmente, alguns pequenos não podem deixar para trás. As brincadeiras são livres, observados os devidos cuidados.
“A brinquedoteca se torna fundamental nesse ambiente hostil, no qual as crianças são privadas do lar, dos irmãos, do brincar. Traz um lugar próprio da infância, que é perdido quando elas entram aqui. Trocam com outras crianças, conhecem brincadeiras novas, têm alegria”, descreve a terapeuta ocupacional Karine Silva Santos, uma das responsáveis pelo espaço. Ela conta que, quando não há atividades, os meninos ligam alvoroçados querendo saber o porquê. “Outro dia havia duas funcionárias gripadas e, por isso, não pudemos abrir o local. Um menino questionou: elas que estão gripadas e nós que pagamos o pato?”, contou, aos risos.
ALEGRIA A brinquedoteca foi construída com apoio da Fundação Sara Albuquerque Costa e do Instituto Ronald McDonald. Hoje, a manutenção conta com pessoas que conhecem o trabalho e querem colaborar. “O espaço ameniza o sofrimento da internação. Brincar tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança”, destaca Karine.
É o que reitera a gerente da assistência social da Fundação Sara, Fernanda Aparecida Araújo: “A brinquedoteca hospitalar é uma forma de trazer o universo infantil, das cores, dos brinquedos, da alegria, para um ambiente que normalmente envolve muita dor e sofrimento. O brincar é terapêutico na medida que possibilita a expressão e elaboração dos sentimentos. Por meio das brincadeiras, a criança fala dos seus conflitos e de seus medos. A brinquedoteca, além de contribuir na humanização do ambiente hospitalar, é fundamental na promoção de saúde”.
A fundação reforma e humaniza ambientes hospitalares onde as crianças e adolescentes assistidos pela entidade fazem tratamento, sendo o Hospital das Clínicas um deles. Fernanda diz que promover a melhoria do tratamento é um dos pilares da entidade. Por meio da parceria com o Instituto Ronald McDonald, foram reformados e equipados espaços da Santa Casa de BH e de Montes Claros (Norte de Minas). Todas as melhorias feitas são fruto da campanha McDia Feliz. Este ano, a fundação pretende participar novamente, para fazer mais melhorias no tratamento oferecido pelas Santas Casas das duas cidades.
Vilson Mayrink, da Fundação CDL, diz que ajudar é fácil: basta ir e participar. “Ficamos no mundo da gente, com nossa pressa e compromisso e não vemos que à margem de nós há tanta dificuldade e sofrimento. A coisa mais difícil é o tempo que você não tem para se dedicar à causa social. Devolvemos para a sociedade um ser humano melhor, com mais educação. Por meio do nosso projeto, temos a oportunidade de servir a comunidade.”
TRANSFORMAÇÃO Na Creche Padre Francisco, no Bairro São Geraldo, Região Leste de Belo Horizonte, o antigo quarto de despejos passou por verdadeira mágica, graças ao projeto Jornada Solidária Estado de Minas. Nem a viga principal impediu a proposta de transformar o espaço em uma brinquedoteca. Com alguma imaginação, o obstáculo virou uma pista de corrida para as crianças, que curtiram a novidade. “Para nós, é fundamental construir uma brinquedoteca nas creches, seja com o aproveitamento de um cantinho que já havia ou com a construção a partir do zero, algumas até com palco para teatro”, afirma a jornalista Isabela Teixeira da Costa, coordenadora da Jornada Solidária Estado de Minas. No novo formato do programa de responsabilidade social dos Diários Associados de Minas Gerais, já foram reformadas e/ou construídas 35 creches comunitárias, todas elas contendo brinquedotecas.