Dois agentes da Polícia Civil que estavam sendo procurados desde a semana passada, depois de desencadeada a operação Serendipe, já estão presos à disposição da Justiça.
Eles são suspeitos de participação em crimes de extorsão, corrupção passiva, corrupção ativa, concussão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que estão sob investigação pelo Ministério Público Estadual. Outros quatro policiais, incluindo um delegado, são alvo da operação.
O delegado Bernardo Penna Sales, que trabalhava em Uberlândia até novembro, também está preso na Casa de Custódia do Policial Civil, em BH. Atualmente, Sales trabalhava em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. O delegado, Fernando e Fabrício, junto com os também agentes da Polícia Civil Rodolfo Cardoso Ribeiro, Rodrigo Luiz Felix Borges e Rogério Bonfim de Almeida, e dois suspeitos que eram usados como “laranjas”, estão sendo investigados por extorquir integrantes de uma quadrilha de roubo de carga.
Na noite desta terça-feira, o promotor de Justiça Fabrício José da Fonseca Pinto, de Uberlândia, estava colhendo depoimento de envolvidos, antes de interrogar os policiais acusados, que estão presos na casa de custódia, na capital.
O grupo, segundo as apurações iniciais, realizava levantamento de quadrilhas de roubo de cargas na Região do Triângulo Mineiro. Os policiais, quando prendiam os bandidos, cobravam propina de parte do lucro com as cargas roubadas para soltá-los.
No dia 23, depois de apuradas as participações de cada um, promotores de Justiça, junto com equipes de 29 agentes da Corregedoria da Polícia Civil, cumpriram mandados de prisão preventiva contra os acusados, dentro da primeira fase da operação denominada de Seremdipe.
A ação do MP é consequência de provas colhidas durante as operações Catira e Fideliza, deflagradas em novembro de 2015, também em Uberlândia, com o objetivo de investigar duas organizações criminosas envolvidas em roubo e desvio de cargas, caminhões e outros veículos.
RB
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