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Estado de Minas

Polícia investiga estupro coletivo de adolescente de 13 anos em Juiz de Fora

Caso foi registrado no último fim de semana e pelo menos oito pessoas teriam participado do crime. Cenas foram filmadas e divulgadas na internet


postado em 29/06/2016 08:54 / atualizado em 29/06/2016 10:13

Policiais fizeram varredura em vila onde crime ocorreu em busca de informações sobre suspeitos(foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)
Policiais fizeram varredura em vila onde crime ocorreu em busca de informações sobre suspeitos (foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)
A Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata, está investigando um caso de estupro coletivo na cidade que foi filmado e colocado na internet. Segundo a corporação, uma menina de 13 anos foi vítima do crime no último fim de semana. As investigações buscam informações sobre 11 pessoas, sendo que pelo menos oito praticaram os abusos de forma coletiva e uma mulher teria divulgado as imagens em uma rede social.

Já os outros dois investigados teriam, aparentemente, tido relações com a vítima e outra garota de forma consentida, mas, como ela é menor de 14 anos, também seriam autores de estupro de vulnerável mesmo com o consentimento.

De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu na noite de sábado e madrugada de domingo, após a garota participar de uma festa junina com a presença da família. Ela abandonou a festa sem autorização dos pais junto com um rapaz que estava ficando e também com uma amiga e outro homem. Os dois casais saíram para ter relações sexuais consentidas, segundo apontaram as investigações.

Eles foram até uma casa abandonada na Vila Olavo Costa, mas acabaram surpreendidos por homens que seriam responsáveis pelo tráfico de drogas na região. Segundo a delegada Ângela Fellet, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Juiz de Fora, a amiga da vítima seria parente de um dos traficantes do grupo, o que motivou sua liberação junto com os dois rapazes. A garota, então, foi levada para outra casa, passou a ser abusada sexualmente e só foi liberada na manhã de domingo, de acordo com a delegada.

Durante toda esta terça-feira, investigadores vasculharam as vilas Olavo Costa e Furtado de Menezes, na Região Sudeste de Juiz de Fora, tentando localizar o imóvel usado para cometer o crime e também na busca de pistas que possam ajudar a solucionar todas as dúvidas da delegada. As diligências continuam na manhã de hoje. Um dos alvos é a escola onde estudam vítima e a amiga. O segundo é uma casa na Vila Olavo Costa, que já está confirmada como sendo o local onde aconteceram os abusos coletivos.

"Já temos a qualificação completa de um dos suspeitos, que é maior de idade. Aparentemente, os demais são menores. Um dos autores do estupro enviou as imagens gravadas para uma menina, que divulgou o vídeo em uma rede social. Essa pessoa também vai responder pela divulgação das imagens, que já foram retiradas da internet", afirma a delegada.

Ângela Fellet também comentou que informações preliminares do exame feito pela jovem para atestar a conjunção carnal e atos libidinosos dão conta que o laudo foi inconclusivo, mas isso não desqualifica o crime. "Ainda não recebi o resultado, mas essa não é nossa única fonte de provas. O vídeo é muito sugestivo na questão da conjunção carnal, apesar de não trazer essa imagem explícita", completa a delegada.

A Polícia Civil considera o grupo suspeito de ter praticado o estupro perigoso, o que motivou a saída até mesmo da família da vítima de casa, temendo represálias por conta da denúncia.

Diligências continuam na tentativa de identificar suspeitos e imóvel onde ocorreu o crime(foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)
Diligências continuam na tentativa de identificar suspeitos e imóvel onde ocorreu o crime (foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)


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