O Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nunca esteve tão cheio desde junho de 2014. O conjunto de reservatórios vai fechar junho com volume de 162 milhões de metros cúbicos (m3) de água, o que corresponde a quase 59% da capacidade máxima. Segundo a Copasa, é o maior índice registrado nos últimos dois anos.
O aumento de volume do sistema está sendo constante há pelo menos quatro meses. É provocado, principalmente, pelas chuvas de janeiro e fevereiro, que incrementaram os níveis dos reservatórios de Rio Manso, o maior do sistema, Serra Azul e Vargem das Flores. A boa recuperação vem principalmente desde o fim do ano passado, quando a Copasa iniciou a captação de água diretamente no Rio Paraopeba.
Mesmo com o aumento no volume, o Sistema Paraopeba está estável há 17 dias. Em 30 de maio, o nível do conjunto de represas acumulava 57,5% da capacidade. Passados 12 dias, o nível subiu para 58,8%, índice que permanece até esta quarta-feira. Ele chegou a subir 0,1 ponto percentual em duas ocasiões, nos dias 20 e 25, mas voltou a cair.
De acordo com a Copasa, desde a inauguração da captação do Rio Paraopeba, a empresa deixou de retirar 40 milhões de m3 de água da barragem do Rio Manso, o que gera economia de aproximadamente de 36% da água do reservatório. “A captação do Rio Paraopeba, cuja realização foi um esforço do governo de Minas e da Copasa, foi fundamental para afastar o risco de racionamento na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e vem contribuindo diretamente para a recuperação dos reservatórios do Sistema Paraopeba”, disse a presidente da companhia de saneamento, Sinara Meireles.
As represas de Rio Manso e Serra Azul também apresentaram alta e estão em níveis estáveis há dias. Rio Manso estava com 74,4% de sua capacidade em 30 de maio; nesta quarta, atingiu 76,9%. Já Serra Azul iniciou o período com 33,7% e nesta quarta-feira está com 34,1%. Vargem das Flores apresentou ligeira queda, saindo de 46,1% para 45,2%.