Na manhã de ontem, quatro menores suspeitos se apresentaram, totalizando 10 pessoas envolvidas até agora, sendo dois maiores de idade. Quatro ainda não têm a identificação completa, apenas o primeiro nome ou apelido. Por enquanto, não há prisões ou apreensões, apenas com ordem judicial. A delegada localizou três casas onde o crime teria acontecido, uma de um dos suspeitos e duas abandonadas.
Ontem, a Polícia Civil ouviu quatro dos 10 suspeitos de participar do estupro coletivo.
O crime ocorreu na noite de sábado e madrugada de domingo, depois de a garota participar de uma festa junina com a presença da família. Ela abandonou a festa sem autorização dos pais junto com um rapaz com quem estava ficando e também com uma amiga e outro homem. Os dois casais saíram para ter relações sexuais consentidas, segundo apontaram as investigações.
Eles foram até uma casa abandonada na Vila Olavo Costa, mas acabaram surpreendidos por homens que seriam responsáveis pelo tráfico de drogas na região. Segundo a delegada Ângela Fellet, a amiga da vítima seria parente de um dos traficantes do grupo, o que motivou sua liberação junto com os dois rapazes. A garota, então, foi levada para outra casa, onde sofreu abuso sexual e só foi liberada na manhã de domingo, de acordo com a delegada.
Na terça-feira, investigadores vasculharam as vilas Olavo Costa e Furtado de Menezes, na Região Sudeste de Juiz de Fora, tentando localizar o imóvel usado para cometer o crime e na busca de pistas que possam ajudar a solucionar todas as dúvidas da delegada. Ontem, a adolescente vítima dos estupros, junto com a mãe, indicou os locais onde teriam ocorrido os abusos. Segundo a delegada, os três imóveis têm as mesmas características dos locais que aparecem nos vídeos.
Depois das ações, quatro suspeitos, todos menores, compareceram à delegacia da cidade e prestaram depoimento. O teor das oitivas não foi repassado pela Polícia Civil, assim como a entrevista com a adolescente que estava com a vítima momentos antes do crime.
Ângela Fellet também comentou que informações preliminares do exame feito pela jovem para atestar a conjunção carnal e atos libidinosos dão conta de que o laudo foi inconclusivo, mas isso não desqualifica o crime. "Ainda não recebi o resultado, mas essa não é nossa única fonte de provas", completa a delegada. A Polícia Civil considera o grupo suspeito de ter praticado o estupro perigoso, o que motivou a saída até mesmo da família da vítima de casa, temendo represálias por conta da denúncia.
RB
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