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Estado de Minas

Obra de novos viadutos desponta com atraso no Complexo da Lagoinha

Expectativa da Prefeitura de BH era inaugurar elevados no primeiro semestre. Porém, alterações no projeto jogam prazo para a segunda metade do ano


postado em 01/07/2016 06:00 / atualizado em 01/07/2016 07:47

Estruturas de novo viaduto já fazem parte do cenário no Complexo da Lagoinha(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Estruturas de novo viaduto já fazem parte do cenário no Complexo da Lagoinha (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Com o encerramento do primeiro semestre, uma obra de grande porte prometida pela Prefeitura de Belo Horizonte para melhorar a circulação em um dos pontos de maior reflexo para toda a capital mineira não ficou pronta no prazo.

A construção de dois novos viadutos no Complexo da Lagoinha, nos limites das regiões Nordeste, Noroeste e Centro-Sul de BH, sofreu interferências de redes que não estavam previstas e motivaram alterações no projeto, jogando a expectativa de inauguração dos dois novos elevados para o segundo semestre, quando se encerra a gestão do prefeito Marcio Lacerda.

Um dos dois pontilhões começa a chamar a atenção dos belo-horizontinos, pois sua estrutura avança em paralelo ao atual Viaduto Leste e já se aproxima do encaixe na Avenida do Contorno, dando a real dimensão da obra.

As intervenções começaram em fevereiro de 2015, mas, durante praticamente todo o ano passado, os operários trabalharam nas fundações e execuções de partes que não são visíveis para quem passa todos os dias pelo Complexo da Lagoinha.

Agora, pilares, ferragens e armações de concreto estão aparentes e já sugerem o formato de um dos elevados, que será usado exclusivamente por carros que deixam o túnel superior da Avenida Cristiano Machado em direção ao Hipercentro de BH. Com a continuidade das obras a população também verá um elevado específico para ônibus, que deixarão a pista exclusiva do Move da Cristiano Machado em direção à Rua São Paulo.

O consultor em transporte e trânsito Frederico Rodrigues afirma que a obra é importante, mas que o ideal é que já estivesse em funcionamento há pelo menos dois anos, quando os ônibus do Move começaram a circular pela cidade. “A ideia do sistema é trafegar por vias exclusivas em toda sua extensão e, por isso, não adianta você levá-lo  dessa forma por toda a Cristiano Machado e entrar em conflito com os veículos leves no Complexo da Lagoinha”, afirma o especialista.

Ainda segundo Rodrigues, o fato de haver uma faixa preferencial para ônibus no atual Viaduto Leste é uma medida paliativa, que não resolve o problema, pois não é o suficiente para evitar as interferências e ainda representa a redução de capacidade para os carros, com uma faixa a menos para o trânsito misto.

Novo elevado já aparece ao lado do Viaduto Leste e se aproxima do encaixe na Avenida do Contorno(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Novo elevado já aparece ao lado do Viaduto Leste e se aproxima do encaixe na Avenida do Contorno (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)


A situação é diferente do corredor da Avenida Antônio Carlos, que contou com adaptações feitas pela PBH para que os ônibus usem um viaduto exclusivo, deixando outro pontilhão apenas para os carros. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, a nova obra vai contribuir para desafogar o trânsito na região, aumentando a velocidade de operação de carros e ônibus.

“Além disso, os novos viadutos eliminarão o entrelaçamento dos veículos que se deslocavam a partir da Avenida Cristiano Machado pelo túnel superior em direção ao Hipercentro, com o tráfego dos veículos que vinham do Viaduto Oeste/Avenida Pedro II e faziam a operação de retorno em direção à Via Expressa, à Avenida Nossa Senhora de Fátima e toda a Região Oeste de Belo Horizonte”, diz a nota encaminhada pela secretaria. O valor da intervenção é estimado em R$ 59 milhões, com recursos federais do PAC Mobilidade.

Até agora já foi executado o que os engenheiros chamam de contenção do encabeçamento do início dos viadutos com a Avenida Antônio Carlos, além das estacas e blocos de fundação, pilares, e vigas travessas. Também houve a retirada de algumas árvores para colocação em outros lugares. Além disso, neste momento está sendo feito o encaixe de um dos viadutos com a terceira etapa do Bulevar Arrudas. Atualmente, 97 funcionários entre serventes, pedreiros, armadores, feitores, encarregados, equipe de topografia e de controle tecnológico estão trabalhando na construção dos dois viadutos.


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