A Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata, apresentou, na manhã desta sexta-feira, Rodrigo José Liguori de Oliveira, de 40 anos, que confessou ter matado a mãe, Elizabeth Philomena Liguori de Oliveira, de 78 anos, a tia, Maria Aparecida Liguori de Cerqueira, de 85, e a sobrinha, Lara Amaral Liguori de Oliveira, 19 anos, estudante de medicina. Segundo o delegado José Márcio de Almeida Lopes, da Delegacia Especializada de Homicídios da cidade, ao confessar os crimes, Rodrigo alegou ser vítima de perseguição.
Conforme o delegado, Rodrigo morava com a mãe e a sobrinha em uma casa no Bairro Alto dos Passos. A jovem é filha do irmão dele, que mora com a esposa em Coronel Pacheco. Lara se mudou para a casa deles para estudar na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Maria Aparecida vivia em um apartamento na Rua Halfeld, no centro de Juiz de Fora, e era acompanhada por uma cuidadora de idosos, que foi quem descobriu o corpo, no fim da manhã de quinta-feira.
Rodrigo foi preso na cidade de Barroso, onde chegou em um carro alugado. De acordo com o delegado, ele não resistiu à prisão e deu detalhes dos assassinatos em depoimento.
Conforme o delegado, o primeiro crime ocorreu por volta das 23h de quarta-feira, no Centro, onde ele atacou a tia golpeando-a com uma panela. Ele tentou sufocar Maria Aparecida com um travesseiro e, por fim, deu golpes de canivete na idosa. “Ele foi para um motel em um bairro de Juiz de Fora, ficou duas horas lá, e depois foi para a casa onde morava a mãe e a sobrinha”. Ao chegar na casa onde morava, ele matou primeiro a Elizabeth, que dormia no quarto, com um machado. Segundo o delegado, ele foi até o quarto da sobrinha, também tentou sufocá-la com um travesseiro e a matou a machadadas. As duas últimas mortes ocorreram por volta das 3h de quinta-feira.
Rodrigo alugou um carro e saiu da cidade, sem rumo. Quando foi preso, "estava indo para a região de Lavras”, explicou o policial.
Questionado sobre a motivação dos assassinatos, Rodrigo alegou ser perseguido pela família, envolvendo a mãe e a tia. “Ele cita uma suposta perseguição que a família teria com ele, com uma questão de herança. A família fala que ele tem problemas psicológicos desde os 20 anos. Nós não temos laudo pericial comprovando essa questão, isso será na fase judicial”, explica o delegado. O policial autuou Rodrigo por triplo homicídio qualificado.
Ainda de acordo com o delegado, a machadinha e o canivete usados no crime teriam vindo de uma chácara que o suspeito tem no município de Aracitaba. Os próximos passos da investigação serão ouvir outras pessoas que forem relacionadas, juntar laudos periciais e de medicina e encaminhar o material à Justiça. .