O subinspetor da Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Roberto Carlos Maciel, de 49 anos, foi assassinado por um amante para ter seus pertences roubados. Esse foi o resultado da investigação que levou à prisão do suspeito do latrocínio, Crisjonny Ferreira da Silva, de 26, e de um homem que é investigado por ter comprado a arma do policial que tinha sido roubada de seu apartamento. As informações são do chefe do 4º departamento da Polícia Civil de Juiz de Fora, delegado Eurico da Cunha Neto.
"Os dois foram presos 7 horas depois de o crime ter sido descoberto. O rapaz confessa o crime. Disse que tinham uma relação amorosa, mas que tinha bebido muito, usado drogas e só se lembra da primeira facada que deu no policial", afirma o chefe do departamento.
A morte de Roberto Carlos chocou policiais e a população juiz-forana, uma vez que o corpo foi encontrado, na manhã de sábado, com pelo menos 20 facadas e dois tiros, estirado no apartamento do subinspetor onde a parede foi pichada com a frase macabra "lucifer sete fadas" usando seu próprio sangue como tinta.
"O suspeito disse que não se lembra por que escreveu isso na parede, que estava sob efeito de entorpecentes, mas na investigação ficou claro que seu interesse era nos pertences e valores do policial", disse o delegado. O policial foi enterrado no fim da manhã deste domingo (3) e não pode ser velado, porque o corpo estava em avançado estado de putrefação.
Crisjonny foi detido na saída de um supermercado em Barbacena, na região dos Campos das Vertentes, dentro do carro do subinspetor, um Fiat Palio branco. No apartamento do suspeito foram encontradas roupas, bonés, dinheiro e algemas do policial assassinado.