A Polícia Civil já identificou 13 pessoas suspeitas de envolvimento no estupro coletivo de uma adolescente de 13 anos em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata. A principal prova do crime são dois vídeos que mostram os abusos. A delegada Ângela Fellet, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), já ouviu 10 pessoas, todas adolescentes com idades entre 14 e 17 anos.
No início das investigações, eram oito pessoas suspeitas de cometer os crimes. Mas com a análise das imagens e do depoimento de testemunhas e possíveis envolvidos, a polícia conseguiu identificar outras pessoas. Por meio da assessoria de imprensa, a delegada informou que dos adolescentes ouvidos, um deles, de 17 anos, a princípio não tem participação no caso.
O estupro ocorreu entre a noite de 25 de junho e madrugada do dia seguinte, depois de a garota participar de uma festa junina com a presença da família. Ela abandonou o evento sem autorização dos pais junto com um rapaz com quem estava ficando e também com uma amiga e outro homem. Os dois casais saíram para ter relações sexuais consentidas, segundo apontaram as investigações.
Eles foram até uma casa abandonada na Vila Olavo Costa, mas acabaram surpreendidos por homens que seriam responsáveis pelo tráfico de drogas na região. Segundo a delegada Ângela Fellet, a amiga da vítima seria parente de um dos traficantes do grupo, o que motivou sua liberação junto com os dois rapazes. A garota, então, foi levada para outra casa, onde sofreu abuso sexual e só foi liberada na manhã de domingo, de acordo com a delegada.
Nos vídeos a que a polícia teve acesso, é possível constatar que um dos agressores tenta tirar a calça da vítima, que se debate para impedir. Pelo menos dois homens aparecem armados nas imagens. Já se sabe que os imóveis para onde a adolescente foi levada servem de base para traficantes da área.
RB