Jornal Estado de Minas

Estudo das ladeiras de Belo Horizonte facilita melhoria da mobilidade na capital

As ladeiras da capital mineira, característica predominante de sua topografia, agora estão mapeadas em um estudo denominado “Mapa de Declividades de Belo Horizonte”. O documento, apresentado nesta terça-feira, é um banco de dados que contém, entre outras informações, as declividades mínima, máxima e média de 51.713 trechos de via da cidade.

O estudo da topografia das vias da capital, que foi realizado por pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (ICG/UFMG), em parceria com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), amplia as possibilidades de implantação de soluções para uma cidade mais acessível. Devido às suas características topográficas, BH enfrenta desafios para atender pessoas com mobilidade reduzida e incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte. 

As fontes do estudo são os mapas de altimetria (curvas de nível) e  do sistema viário (eixos dos logradouros) da cidade, da Prodabel, de maio deste ano. Para a BHTrans, que também participa da iniciativa, o conjunto de informações da topografia da capital mineira vai possibilitar o aperfeiçoamento do planejamento da mobilidade urbana, em especial os referentes ao caminhamento de pessoas com deficiência, à rede cicloviária, ao transporte de cargas e aos impactos ambientais.

A diferença do mapa apresentado pelo IGC/ UFMG para outros que já estão disponíveis no mercado é que ele fornece as declividades trecho a trecho. Ele foi elaborado com base no mapa de curvas de nível (metro a metro) e fornece três valores de declividade (tanto em graus, quanto em porcentagem) para cada trecho de via da cidade: mínima, média e máxima.

A declividade média de Belo Horizonte é 12,51%. As regiões com trechos mais suaves são a área central e a Pampulha. A regional com menor declividade média é a Pampulha (8,69%). As regiões com maior concentração de trechos íngremes são o Aglomerado da Serra, o Taquaril, o Morro das Pedras e o Aglomerado Santa Lúcia.

A regional com maior declividade média é a Centro-Sul (16,17%).

RB

.