Jornal Estado de Minas

Sobe para 186 o número de mortes por dengue em Minas Gerais neste ano

As mortes por dengue neste ano em Minas Gerais pode se aproximar do triplo de óbitos registrados em 2013, quando o Estado passou por sua pior período mais fatal da doença. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira mostram que foram contabilizados 186 casos fatais de dengue em 2016, mas o valor pode chegar a 336, pois 150 mortes ainda são investigadas. Em 2013, foram 117 óbitos.

No boletim divulgado pela SES, a pasta informa que o 82,2% das vítimas apresentavam doenças associadas. Mais da metade dos óbitos são de pacientes acima de 65 anos. Exames feitos nos doentes mostram que dois tipos de vírus da dengue estão circulando no estado. A do tipo 1 é a mais comum. Já o tipo 2 foi detectado em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em três pessoas.



Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata, disputam a liderança das estatísticas negativas. A cada semana, as cidades se revezam como o maior número de mortes. O município do interior de Minas tem 44 mortes confirmadas. Já a capital mineira, que tem o maior número de óbitos de sua história, chegou a 43, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, e a 39, de acordo com a SES. A diferença acontece por causa do tempo de repasse de informações entre as duas pastas.

Analisando o número de notificações da doença, que engloba as confirmações e suspeitas, é possível notar uma diminuição da incidência ao longo do ano. O Estado registra, no total, 522.753 casos prováveis da doença.
Em janeiro foram 63.833 casos e em fevereiro, 143.943. Em março, Minas registrou o pico da doença no ano, chegando a 159.567. De lá até esta quarta-feira, houve quedas significativas. Em abril, foram 116.943 casos; em maio, 33.272; e em junho, dados parciais indicam 3.273 casos.

Zika e chikungunya

Outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também seguem em alta. Minas Gerais já registrou 4.606 casos de zika e ainda investiga 9.515 notificações suspeitas. Exames descartaram 2.020 diagnósticos. A maioria dos casos foi confirmada por critério clínico-epidemiológico, em municípios com comprovada circulação do vírus. O parâmetro segue o protocolo do Ministério da Saúde, que estabelece que, quando o vírus circula em determinado local, não é preciso realizar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico.


O número de grávidas com zika já chega a 280. Outros 609 casos estão sendo apurados. Montes Claros, no Norte de Minas, lidera a lista de número de gestantes infectadas: 42 no total. Em seguida vêm Belo Horizonte, com 38; Ipatinga, no Vale do Aço, com 34; Sete Lagoas, na Região Central, com 28; e Coronel Fabriciano e Governador Valadares, na Região do Rio Doce, com 18 cada.

Já em relação à febre chikungunya, o número de casos chegou a 97. Minas já teve 1.808 notificações da doença, sendo que 1.124 já foram descartadas e outras 587 seguem em investigação. Dos confirmados, 49 foram transmitidos dentro do Estado, sendo os pacientes moradores de Belo Horizonte, Santa Luzia, Contagem, Ipatinga, Além Paraíba, Janaúba, Ribeirão das Neves, e São João del Rei. Os outros casos foram importados de outros estados. .