Um seminarista foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por armazenar e distribuir material pornográfico com crianças e adolescentes na internet. Ele foi preso em Minas durante operação da Polícia Federal (PF) em 2014. No estado, outras sete pessoas foram detidas na ação. Foi a primeira vez os policiais rastrearam o ambiente conhecido como Deep Web, um meio em que usuários da internet divulgam anonimamente conteúdos variados.
Em 15 de outubro de 2014, quando foram cumpridos mais de 100 mandados de busca e apreensão, prisão e condução coercitiva em 18 estados e no Distrito Federal, o seminarista foi encontrado com um notebook onde também foram encontrados arquivos de imagens e vídeos contendo pornografia infantojuvenil. Ele vai responder por crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, e pode pegar, se condenado, de quatro a 10 anos de prisão.
A Operação foi chamada de Darknet. A investigação chegou à chamada Deep Web, uma área da internet que não é rastreada por navegadores comuns, na qual estão, entre outros, sites de intranet de empresas e corporações. A rede de pedofilia descoberta aproveitava a possibilidade de exibir e acessar imagens e trocar informações às escondidas nesse ambiente, que também é conhecido como "internet invisível".
Em Minas Gerais, a ação resultou em abertura de mais de 20 inquéritos. O MPF já denunciou, ao menos, outras três pessoas presas na operação. Entre eles, um homem de 38 anos, morador de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
(RG)