As mortes associadas ao vírus da gripe seguem em alta em Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) já registrou 76 óbitos nos primeiros oito meses deste ano. O número é cinco vezes maior do que o ano passado, quando foram contabilizados 15 casos fatais, e o dobro de 2014, que teve 35. A situação pode ser ainda maior, já que 225 notificações ainda estão sendo investigadas. A maioria das mortes em 2016 foi pelo vírus H1N1, foram 49 no total.

O boletim divulgado nesta sexta-feira pela SES mostra um aumento de 11,7% no número de mortes se comparado com a última semana. Em 1 de julho, Minas estava com 68 óbitos. Em sete dias, foram incluídos no levantamento oito casos fatais. O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também subiu. Saiu de 269 para 288, alta de 7%.

Foram registradas 76 mortes por Influenza neste ano. Do total, 49 foi por Influenza A (H1N1)pdm09, duas por influenza B, sendo um morador do Estado de São Paulo, 22 por influenza A não subtipado e três que não foram classificados. Nesses casos, segundo a SES, não foi possível realizar o exame laboratorial, mas os pacientes tinham vínculo com pessoas que tiveram influenza.

A cidade mineira que mais registrou mortes pelo vírus da gripe foi Campo Belo, na Região Centro-Oeste do Estado, com sete no total. Em seguida vem Formiga, da mesma região, com cinco. Belo Horizonte e Contagem, na Grande BH, têm quatro cada uma. Vale ressaltar que metade dos óbitos na capital mineira foram por H1N1, e na cidade vizinha todos foram pelo vírus.

O número de mortes neste ano acende o alerta das autoridades de saúde. No ano passado, foram registrados 90 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 15 mortes. EM 2014, foram 161 casos de SRAG e 35 óbitos. A preocupação é que a maior incidência da doença ocorre no outono e no inverno, com as baixas temperaturas nas regiões Sul e Sudeste do país. .