Por ocasião da soltura de 14 capivaras na Pampulha, em janeiro, pelo meno oito delas estavam num grupo considerado positivo para contaminação pela Mycobacterium bovis, conhecida como tuberculose bovina. O biólogo Gladstone Corrêa de Araújo, diretor do Jardim Zoológico e ex-presidente da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH), confirma que um animal que fazia parte do grupo morreu com tuberculose e que, na ocasião, Ministério Público Federal (MPF-MG) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram informados sobre o assunto, antes da decisão judicial que determinou a soltura de todas as capivaras.
Em setembro de 2014, foram capturadas na orla da Lagoa da Pampulha 52 capivaras, como medidas preventiva da administração municipal de BH para reduzir as chances de transmissão de febre maculosa, já que parte dos animais que estavam no local estava infectada com o carrapato-estrela, contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da doença. Porém, 38 deles, levados para cativeiro no Parque Ecológico, morreram, e a Justiça determinou a soltura das 14 capivaras restantes.
Gladstone Araújo não se arrisca a afirmar que haja risco de contaminação de humanos ou animais domésticos que circulam pela Lagoa da Pampulha pela tuberculose bovina, mesmo com o fato de os animais estarem em ambiente aberto. Segundo ele, foram soltos dois grupos: um deles com seis indivíduos (Grupo do Museu) e o outro com oito indivíduos (Grupo PEP),no qual foi detectada a tuberculose em um animal, que morreu. A suspeita foi na necrópsia e houve a confirmação por meio de exames. Araújo acrescenta que a recomendação da FZB foi pela eutanásia dos animais do grupo positivo e a esterilização e soltura dos pertencentes ao outro grupo.
O médico-veterinário Leonardo Maciel explica que a Mycobacterium bovis está no ambiente da Lagoa da Pampulha como um todo e não especificamente em um grupo de capivaras. “Aquela lagoa é o esgoto de Belo Horizonte. O que causou a morte do animal em cativeiro foi sua falência imunológica, devido ao intenso estresse, num espaço fechado, sem as condições naturais de seu ambiente”, assinalou Maciel. Para o médico-veterinário, não há risco de contaminação de animais domésticos e muito menos humanos que circulam pelo local, a não ser baixa imunidade do indivíduo, que correria tal risco em outros locais poluídos.
O professor Vasco Azevedo, do Departamento de Genética da UFMG, também não vê risco de contaminação de humanos ou animais domésticos que circulam na orla. “O risco maior desse tipo de tuberculose é em gado confinado nas fazendas. A contaminação está diretamente ligada ao estado imunológico. No dia a dia, no ônibus, as pessoas estão em contato com pessoas tuberculosas e nem sabem”, ressaltou. “A febre maculosa ainda é o risco principal quando se mantém animais silvestres num ambiente desses”.
A presença de capivaras contaminadas próximas às pessoas divide a opinião de quem frequenta o lago. Ontem, animais com filhotes tomaram sol de manhã, e,, à tarde, procuraram sombras frescas em pontos como o Parque Ecológico, a Igrejinha de São Francisco e o Museu de Arte Moderna, todos locais com grande presença de turistas e de pessoas se exercitando. A curiosidade em ver os roedores mais de perto e fazer fotos deles fez com que muitas pessoas se aproximassem dos mamíferos, chegando a menos de dois metros de distância e para isso percorrendo partes do mato onde os animais passaram e defecaram.
As turistas pernambucanas Jéssica Machado, de 25 anos, e Gisele Silvestre, de 28, ficaram admiradas ao ver um grupo de seis animais com seus filhotes perto da igrejinha. Para elas, as capivaras não deveriam ser removidas, mesmo doentes, mas as pessoas é que deveriam ser afastadas para preservar os bichos em seu habitat natural. “Nunca tinha visto capivaras soltas assim na cidade. Não sei se é perigoso, mas acredito que se houver respeito e consciência de (as pessoas) admirarem a distância, não haverá problema. É uma questão de saber admirar. Gosto da ideia do respeito. Talvez um cercadinho para a própria segurança delas (capivaras), mas não uma jaula”, disse Gisele.
Em setembro de 2014, foram capturadas na orla da Lagoa da Pampulha 52 capivaras, como medidas preventiva da administração municipal de BH para reduzir as chances de transmissão de febre maculosa, já que parte dos animais que estavam no local estava infectada com o carrapato-estrela, contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da doença. Porém, 38 deles, levados para cativeiro no Parque Ecológico, morreram, e a Justiça determinou a soltura das 14 capivaras restantes.
Gladstone Araújo não se arrisca a afirmar que haja risco de contaminação de humanos ou animais domésticos que circulam pela Lagoa da Pampulha pela tuberculose bovina, mesmo com o fato de os animais estarem em ambiente aberto. Segundo ele, foram soltos dois grupos: um deles com seis indivíduos (Grupo do Museu) e o outro com oito indivíduos (Grupo PEP),no qual foi detectada a tuberculose em um animal, que morreu. A suspeita foi na necrópsia e houve a confirmação por meio de exames. Araújo acrescenta que a recomendação da FZB foi pela eutanásia dos animais do grupo positivo e a esterilização e soltura dos pertencentes ao outro grupo.
O médico-veterinário Leonardo Maciel explica que a Mycobacterium bovis está no ambiente da Lagoa da Pampulha como um todo e não especificamente em um grupo de capivaras. “Aquela lagoa é o esgoto de Belo Horizonte. O que causou a morte do animal em cativeiro foi sua falência imunológica, devido ao intenso estresse, num espaço fechado, sem as condições naturais de seu ambiente”, assinalou Maciel. Para o médico-veterinário, não há risco de contaminação de animais domésticos e muito menos humanos que circulam pelo local, a não ser baixa imunidade do indivíduo, que correria tal risco em outros locais poluídos.
O professor Vasco Azevedo, do Departamento de Genética da UFMG, também não vê risco de contaminação de humanos ou animais domésticos que circulam na orla. “O risco maior desse tipo de tuberculose é em gado confinado nas fazendas. A contaminação está diretamente ligada ao estado imunológico. No dia a dia, no ônibus, as pessoas estão em contato com pessoas tuberculosas e nem sabem”, ressaltou. “A febre maculosa ainda é o risco principal quando se mantém animais silvestres num ambiente desses”.
A presença de capivaras contaminadas próximas às pessoas divide a opinião de quem frequenta o lago. Ontem, animais com filhotes tomaram sol de manhã, e,, à tarde, procuraram sombras frescas em pontos como o Parque Ecológico, a Igrejinha de São Francisco e o Museu de Arte Moderna, todos locais com grande presença de turistas e de pessoas se exercitando. A curiosidade em ver os roedores mais de perto e fazer fotos deles fez com que muitas pessoas se aproximassem dos mamíferos, chegando a menos de dois metros de distância e para isso percorrendo partes do mato onde os animais passaram e defecaram.
As turistas pernambucanas Jéssica Machado, de 25 anos, e Gisele Silvestre, de 28, ficaram admiradas ao ver um grupo de seis animais com seus filhotes perto da igrejinha. Para elas, as capivaras não deveriam ser removidas, mesmo doentes, mas as pessoas é que deveriam ser afastadas para preservar os bichos em seu habitat natural. “Nunca tinha visto capivaras soltas assim na cidade. Não sei se é perigoso, mas acredito que se houver respeito e consciência de (as pessoas) admirarem a distância, não haverá problema. É uma questão de saber admirar. Gosto da ideia do respeito. Talvez um cercadinho para a própria segurança delas (capivaras), mas não uma jaula”, disse Gisele.