A família de um argentino de 30 anos procura pistas do rapaz, que está desaparecido há um ano. A mãe e um dos irmãos de Emiliano Ise estão em Belo Horizonte, na esperança de que uma mensagem via Facebook possa indicar seu paradeiro. A família veio a Minas porque recebeu a informação de que o rapaz teria sido visto em Nova Lima, em fevereiro. Ele sonhava em conhecer a floresta Amazônica e, durante um ano, se dedicou aos preparativos para a viagem. Planejava vir ao Brasil como mochileiro, com pouco dinheiro e muita vontade de conhecer a região. Partiu em 2 de julho do ano passado, mas não deu mais notícias.
Emiliano morava sozinho em um pequeno povoado perto de Resistencia, onde vive o restante da família. Era a primeira vez que ele viajava dessa forma.
Leia Mais
Polícia investiga se adolescente desaparecida em Nova Lima foi raptada Família de Ibirité faz mutirão para tentar encontrar mulher desaparecida há uma semanaPolícia ainda procura crianças desaparecidasJovem de 20 anos é encontrada em BH depois de ficar três dias desaparecidaRamiro explica que o irmão tem um perfil introvertido, que não é de se comunicar muito. Assim, a princípio, a falta de contato não chamou muito a atenção. “Mas, com o passar do tempo, isso foi nos preocupando, porque esperávamos que ele não se comunicasse por algum tempo, mas ele nos disse que pensava em voltar em dezembro de 2015. Passaram-se festas importantes, festas de fim de ano, aniversários, e ele não se comunicava.
Diante da situação, eles entraram em contato com a Dirección de Argentinos en el Exterior e informaram sobre o desaparecimento. “A primeira busca foi no final de 2015, que fizeram em todos os consulados, para ver se estava em um hospital, ou em um estabelecimento penitenciário. Nenhum consulado argentino encontrou nada dele no âmbito do estado, seja Florianópolis, Curitiba, o que for”, explica o cônsul adjunto da Argentina em Belo Horizonte, Mariano Andrés Guida, que dá suporte à família. Também foram produzidos cartazes com a foto do desaparecido.
Em fevereiro, surgiu o que eles esperam que seja a primeira pista do paradeiro de Emiliano, que teria sido visto em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Uma pessoa avisou à minha irmã, Romina, pelo Facebook, que o havia visto em uma praça em fevereiro”, diz Ramiro. Quem enviou a mensagem teria dito que ele estava em situação de rua. “Aí, nós entramos em contato com o Consulado, que fez uma solicitação à Polícia Civil e agora viemos também para apresentar uma denúncia à Polícia Civil.” A família está esperançosa de que possa encontrar Emiliano a partir desta mensagem.
(RG)
.