O motorista de um veículo sedan médio prata, sem identificação do modelo, pode ajudar a Polícia Civil a explicar o que aconteceu com a adolescente Ana Paula de Carvalho Lopes, de 15 anos, que desapareceu depois de sair do Condomínio Miguelão, em Nova Lima, na Grande BH, em 25 de junho. O carro em questão foi flagrado por câmeras de segurança de um ônibus que passou na marginal da BR-040 parado ao lado do ponto de ônibus onde Ana foi vista pela última vez. Porém, como as imagens não são de boa qualidade, não foi possível descobrir a placa e sequer o modelo, mantendo a complexidade do caso que envolve investigadores e delegados de três delegacias da região metropolitana.
Nos registros do coletivo, o carro é flagrado às 17h47 de 25 de junho, exatos cinco minutos após Ana ter sido vista pela segunda vez por seguranças do Miguelão no ponto de ônibus. Nos registros da Polícia Civil, Ana foi vista pelos funcionários da portaria às 17h36 e às 17h42. O sedan prata é flagrado às 17h47 e às 17h55 chega o pai de uma amiga de Ana Paula, que buscaria a jovem e a levaria a uma festa.
No vídeo abaixo, divulgado pela Polícia Civil, é possível ver o momento exato em que o ônibus passa pelo carro no quadrante do lado direito na parte baixa (veja no video). Antes disso, o coletivo trafega pelas pistas principais da BR-040 e entra para a faixa marginal. Ele passa pela portaria do Miguelão e logo depois pelo ponto de ônibus. Em seguida, o carro está parado, com as luzes traseiras acesas.
"Ainda não temos como ter certeza se Ana entrou naquele carro. Mas essa probabilidade existe e não é pequena", diz a delegada Valéria de Moura, titular da Delegacia Regional de Nova Lima. Um dos focos da investigação é descobrir mais detalhes desse veículo, que podem desencadear novas informações e ajudar a explicar o paradeiro da garota.
A Polícia Civil admitiu que, em virtude da falta de informações precisas ou de testemunhas, não é possível assumir nenhuma linha de trabalho, como sequestro, homicídio ou desaparecimento voluntário da jovem. "Não encontramos nada de concreto que motivasse o sumiço Após o desaparecimento, o celular dela foi desligado. Mas estamos m três unidades da Polícia Civil imbuídas em achar essa menina, rabalhando praticamente 24 horas por dia", diz o delegado Ramon Sandoli, chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
Além do Deoesp e da Delegacia de Nova Lima, a Divisão de Desaparecidos também está trabalhando no caso. "Já recebemos entre 20 e 30 denúncias relativas a esse caso e estamos checando todas as informações. É muito importante que qualquer informação seja passada para o telefone 0800-2828-197, canal que a Polícia Civil disponibiliza para a população. As denúncias são anônimas", afirma a delegada Elizabeth Freitas, chefe da divisão.
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