Mais duas mortes em decorrência da dengue foram confirmadas em balanço divulgado na noite desta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Belo Horizonte. Agora, já somam 46 óbitos de pacientes contaminados pela doença na capital mineira este ano. Três vezes mais que os números de 2010, com 15 mortes, até então o mais alto índice de óbitos desde 2005, quando os casos de dengue passaram a ser monitorados.
As duas novas mortes confirmadas são de pacientes do sexo feminino, com idades de 57 e 98 anos. Nos dois casos, foram diagnosticadas outras doenças, que tiveram complicação pela dengue. Uma morte foi em hospital privado e a outra numa unidade pública, ambas em março.
No primeiro semestre de 2016, a SMSA confirmou 118.921 pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypt, superando em 23,7% o total de 96.114 registro de 2013, até então o ano com mais casos da doença.
Do total de registro neste semestre, 66,6% se concentraram nos meses de fevereiro e março (78.476), período apontado como de maior transmissão no ano. Passados esses meses, foi verificada uma desaceleração no número de casos confirmados. Em junho, foram 674 casos confirmados (0,6% do total no ano).
Há 42.841 casos notificados pendentes de resultados. Foram investigados e descartados 17.941 casos. A regional com o maior número de casos confirmados é a do Barreiro, com 25.344 ocorrências, seguida pelas regionais Nordeste (15.902) e Leste (15.416).
Desde o balanço anterior da SMSA, divulgado no dia 8, foram confirmados mais 2.125 registro da doença em BH, número ainda alto, apesar das recentes quedas do índice de infestação do Aedes aegypti desde o mês passado. Há uma semana somavam-se 116.796 confirmações de pacientes com dengue na capital.
Leste da capital tem mais casos confirmados de zika
Os casos de zika este ano na capital mineira somam 169 pessoas infectadas. Há 1.055 notificações ainda em investigação. A regional com o maior número de casos confirmados é a Leste, com 39 ocorrências, seguida pelas regionais Norte e Pampulha, com 35 registro cada.
Ainda, de acordo com o balanço da SMSA, foram notificados 40 casos de microcefalia para investigar a associação com o zika vírus em recém-nascidos. Porém, nenhum foi confirmado. Desses, 24 casos são de residentes da capital, sendo que seis foram descartados por critério laboratorial (PCR negativo para zika vírus). Os outros 18, de pessoas residentes em outros municípios, mas que foram atendidos em BH, também estão sob investigação.
Já a febre chikungunya permanece estável nas últimas semanas, com 31 registros confirmados, dos quais 17 importados. Os outros 14 são casos autóctones, isto é, que se infectaram em Belo Horizonte. Há ainda 13 casos em investigação para a doença, que assim como a dengue e o zika vírus, tem como vetor o mosquito Aedes aegypti.
RB