Até o fim da concentração, por voltas das 17h deste domingo, a 19ª Parada do Orgulho LGBT reuniu entre 30 e 35 mil pessoas na Praça da Estação, região central de Belo Horizonte. Nesta edição do evento o foco foi dado ao respeito à identidade de gênero. Organizada pelo Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), além de vários grupos, coletivos e parceiros, como o Conselho Regional de Psicologia, a Parada foi palco de discursos de diversos grupos LGBTs e manifestações políticas, como a deputada federal Jô Moraes (PC do B) e Nilmário Miranda (PT), secretário de direitos humanos do governo estadual de Minas Gerais.
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Artistas denunciam violência contra gays e transexuaisConfira as mudanças de trânsito por causa da Parada do Orgulho LGBTEntre o afeto e a resistência"Nosso movimento apoia a causa de não ter nenhum direito a menos, estamos do lado dos direitos humanos e não de partido a, B ou C em um parlamento que não representa a população do país. Apesar dos dicursos , nenhum político falou em nome do movimento", explica Azilton Viana, um dos coordenadores da Parada. Ainda assim não se dava um passo sem esbarrar em faixas, cartazes, adesivos e camisas com os dizeres de "Fora Temer Golpista" ou "Amar sem Temer".
No meio do público circulava diversos grupos com abaixo assinados e coleta de informações, como a pesquisa feita pelo Diverso, que é o Núcleo Jurídico da Diversidade Cultural e Gênero da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que por meio de um questionário traçava um diagnóstico da população LGBT, com informações sobre segurança, saúde e identidade.
Em meio ao público a participação se deu por diversos motivos. Ao lado da estudante Camila Leite, de 27 anos, a fotógrafa Lílian Tavares, de 29 anos, participou da Parada pela primeira vez porque sempre teve a curiosidade de ver como era o evento. O empresário Luiz Penna, de 34 anos, compareceu à Parada para chamar a atenção para a comunidade LGBT e pedir melhorias de direitos. "Precisamos de leis que dão segurança aos homosexuais, como a criminalização da homofobia", disse.
O estudante Vitor de Lima, de 24 anos, segurava uma placa com a frase "Se Deus odeia os Gays, por que ele nos fez tão lindos", chamando a atenção para o lado político do evento, mas sem descartar o lado festivo. "Ser feliz não siginifica que não seja engajado", resumiu. Para Raquel Ferreira, de 24 anos, a grande motivação de ir ao evento foi a manifestação politica. "O contexto político que estamos vivendo exige que a militância se envolva mais", afirmou a professora de dança..