Um esquema de falsificação e produção de anabolizantes foi fechado pela Polícia Civil em Belo Horizonte. O responsável pelo comércio ilegal é um idoso de 81 anos que foi flagrado próximo a um posto de combustível repassando o material. Ele acabou preso e, no apartamento onde mora, no Bairro Santa Branca, na Pampulha, foi encontrado um laboratório para a produção do produto ilícito. O homem foi apresentado nesta segunda-feira.
Investigadores da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova faziam uma ação para apurar outro crime quando flagraram a movimentação na última sexta-feira. “Um indivíduo foi visto recebendo o produto e entregando uma quantia em dinheiro. A partir deste momento, os envolvidos foram monitorados por policiais que, logo após o fim da transação, conseguiram prender o homem que recebeu o produto. Ao analisar o que se tratava, ficou constatado que eram anabolizantes, substâncias proibidas no território nacional”, explicou o delegado Matheus Cobucci, responsável pelo caso.
O idoso acabou preso depois e levou os investigadores até o apartamento dele, que fica próximo ao local. “Para a surpresa dos policiais foi constatado que se tratava de um laboratório no 13º andar em um prédio situado em frente. Lá, os autores realizavam a falsificação e fabricação de medicamentos de uso medicinal e anabolizantes”, comenta o delegado.
No imóvel, foram encontradas várias caixas com frascos de anabolizantes, centenas de frascos vazios para acondicionamento do produto, tampas, caixas com diversas embalagens, rótulos, bulas, selos falsificados, balanças de precisão, alicate para prensagem, óleos e solventes. Para Cobucci, os usuários corriam um risco ainda maior do que os males provocados pela substância. “O esquema criminoso funcionava como uma espécie de indústria farmacêutica com selo de qualidade, embalagens com as bulas, ou seja, os usuários acreditando e iludidos que estavam comprando substâncias proibidas, mas autênticas, por exemplo em outros países, comprava , mas todo material era falsificado”.
As investigações apontaram que o idoso já trabalhou como representante comercial de indústria farmacêutica e usava os conhecimentos para a fabricação das substâncias. A apuração vai continuar para saber se a esposa e o filho do homem também ajudavam no comércio ilegal.