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O prefeito comentou também a presença de jacarés na Lagoa da Pampulha e admitiu que pode representar um risco para quem for praticar esportes na lagoa. “Um garoto vai andar de caiaque e pode cair na água.
Lacerda descartou a possibilidade de verticalização no entorno da lagoa. “Isso está absolutamente fora de cogitação. O Plano Diretor que está hoje na Câmara Municipal, junto com a Lei de Uso e Ocupação do Solo, dá um sentido muito forte a essa preservação, sem prédios no entorno da lagoa”, afirmou.
Sobre a reclamação de frequentadores e turistas da falta de banheiros públicos no entorno da lagoa, o prefeito disse ter feito licitação por duas vezes tentando instalar lanchonetes com banheiros agregados em contêineres estilizados, em mais de 35 locais na capital, inclusive a Pampulha, mas que houve problemas com a Justiça. Segundo ele, um concessionário antigo da venda de coco na Praça JK, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul, por duas vezes conseguiu derrubar a licitação na Justiça.
Lacerda disse que a prefeitura, por meio da Belotur, elaborou vários pacotes e roteiros para incrementar o turismo na capital, mas que o setor privado, como agências e hotéis, também precisa se mobilizar. “Há espaço para trazer o visitante, mas não cabe apenas ao poder público estimular o turismo receptivo”, afirmou.
ILUMINAÇÃO Cinco canhões de luz vão iluminar a Lagoa da Pampulha durante os próximos 45 dias em comemoração ao título concedido pela Unesco. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas de Oliveira, os equipamentos foram montados em uma península onde o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer previa a construção de um hotel, que não chegou a ser erguido. Além dos canhões de luz, os prédios receberam uma iluminação comemorativa especial. Várias atividades culturais estão programadas para os próximos dias, segundo ele.
TRÊS PERGUNTAS PARA
Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura e da Belotur
O que será feito para atrair mais turistas e garantir o acolhimento deles?
Vamos lançar uma série de atividades culturais e fomentos. Quando a lagoa estiver limpa teremos o barco. Os estudos sobre o ônibus turístico estão prontos e vamos abrir licitação para a exploração dessa atividade, além de fazer a requalificação dos espaços. Tirando o Iate e a Igrejinha, que são particulares, temos 60 pessoas trabalhando para receber os frequentadores no Museu de Arte, na Casa do Baile e na Casa Kubitschek. Todos eles, atualmente, abrigam exposições. O centro de Atenção ao Turismo também foi requalificado e nele há explicações de como se dará toda a visitação da Pampulha. Os três equipamentos públicos têm banheiro para serem usados pelos visitantes.
Financeiramente, qual o impacto do título de Patrimônio Cultural da Humanidade para a Pampulha?
Desde 2013, gastamos R$ 150 milhões com a revitalização. Os recursos vêm mais facilmente. Quando os órgão do Brasil inteiro se unem para proteger algo que é patrimônio mundial há avanços, pois é prioridade do país frente ao mundo.
Há algum problema que pode pôr em risco o título?
Não há risco. A Prefeitura de BH tem cumprido antecipadamente todos os itens exigidos. Estamos em conversas com a Unesco para juntos resolvermos os problemas pendentes.
Manchas no cartão-postal
A Igreja São Francisco de Assis é o primeiro ponto a ser procurado pelos turistas em visita à Pampulha. O fluxo de visitantes, porém, é um desafio. Ontem, já estavam quebrados vidros colocados para proteger a iluminação no local. E não era por falta de lixeiras que havia embalagens de picolé, pipoca (foto) e papéis de bala por toda parte, já que há uma a cada 50 metros. A partir de hoje, mais um facilitador: a praça da igrejinha contará com banheiro químico, até que haja uma solução definitiva, garantiu ontem Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura e da Belotur..