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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) é favorável à sanção do projeto. “Toda lei que diminui o potencial de qualquer pessoa – sobretudo dos infratores – de portar instrumentos que possam ser usados em crimes contra o patrimônio ou contra a pessoa, a PM vê com bons olhos, pois é algo em prol do coletivo e em defesa da vida”, afirma o capitão Flávio Santiago, assessor de comunicação da PMMG. O policial afirma que a dinâmica de quem utiliza esse tipo de arma para o crime varia de região para região. “Quando diminuímos o potencial para que o infrator tenha tranquilidade de trafegar com uma lâmina e de esquivar-se pelo anonimato, isso torna mais efetiva a possibilidade de prevenção (aos crimes)”, considera.
REAÇÕES CONTRÁRIAS O administrador Paulo Márcio Reis Júnior, de 41 anos, trabalha com o fornecimento de suprimentos militares e, por isso, porta sempre uma lâmina no bolso. Além disso, como preparador e pessoa envolvida em atividades ao ar livre, utiliza facas como hobby para acampar. “Acho um absurdo criarem mais uma lei dessas que nitidamente tem a intenção de arrecadar dinheiro do cidadão de bem que não tem acesso às informações. Essa é mais uma perda de direitos fundamentais, porque os vagabundos (criminosos) não ligam para pagamento de multas”, considera.
O instrutor de sobrevivência e bushcraft (atividades no meio selvagem) Giuliano Toniolo também duvida que a legislação atinja criminosos, mas afirma que pode ter potencial de prejudicar o cidadão honesto. “Pessoas de bem que usam lâminas como ferramentas podem ser prejudicadas e marginalizadas. “Quem quiser cometer crime não vai ser coibido, só vai marginalizar um segmento que precisa de utilizar essas lâminas como ferramentas de auxílio. Do jeito que estava já era certo, não faz sentido pegar uma faca de sobrevivência num bar ou Mineirão. Ando com canivete desde os 12 anos e nunca me envolvi em briga nem puxei canivete”, afirma.
O chefe escoteiro do Mangabeiras, Marcos Magno Vieira, acha que isso não afetará o segmento.