Passageiros que seguem viagem em ônibus intermunicipais pelas BRs 356 e 040 carregam agora o medo de assalto, além das bagagens. Nos últimos seis dias, foram três ações de bandidos que embarcaram no ponto em frente ao BH Shopping, no Belvedere, Centro-Sul de Belo Horizonte, e atacaram na altura do Bairro Olhos D’água, Oeste da capital. Ontem pela manhã, um ônibus da empresa Pássaro Verde, que seguia para Ouro Preto, Região Central, foi alvo dos criminosos.
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Próximo aos motéis, no Olhos D’Água, o homem armado obrigou o motorista a parar e o grupo desceu em fuga a pé. De acordo com a Polícia Militar, foram roubados 32 aparelhos celulares de passageiros. Apenas seis deles decidiram registrar boletim de ocorrência.
Na sexta-feira, outro roubo, por volta das 19h, na mesma linha. Os militares da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) estavam no posto da corporação, no km 41 da BR-356, quando o motorista do ônibus parou para relatar um ataque de bandidos. Ele, o agente de bordo e os passageiros disseram que no trajeto dois passageiros entraram no coletivo no ponto do Belvedere, esperaram o veículo pegar a rodovia e anunciaram o assalto. Aparentemente, seriam os mesmos ladrões, com um deles armado com uma pistola. A dupla fugiu a pé levando pertences pessoais das vítimas. No domingo, o assalto ocorreu na madrugada, por volta da 1h25, com a mesma dinâmica.
A empresa Pássaro Verde, responsável pelos veículos atacados, informou que já está adotando junto com a polícia medidas para evitar os assaltos. Detalhes sobre as estratégias não foram informadas para não atrapalhar as ações preventivas.
No ponto no Belvedere, passageiros que dependem dos ônibus municipais estão apreensivos.
A mãe da estudante, Marilza Braga, de 53, viajou ontem à noite sozinha para sua cidade, depois de visitar a filha. “Quando a Fernanda vem comigo fico mais tranquila. Mas, sem ela, dá medo até de ficar aqui no ponto, já que não vejo policiamento”.
André Silva, de 22, também foi acompanhar sua mulher Jheine, de 21, e o filho Bruno, de 2, no ponto do Belvedere, antes de eles embarcarem para Entre Rios. “Normalmente vamos de carro, mas como estou trabalhando, eles vão de ônibus. Essa onda de assalto deixa a gente preocupado, pois mesmo com as barreiras nas estradas, nunca vimos uma blitz da polícia no decorrer da viagem”, disse André..