O papa Francisco poderá vir a Minas em outubro do ano que vem para inaugurar o Museu Maria Regina Mundi (do latim, Maria Rainha do Mundo), a ser construído no alto da Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH, pela Arquidiocese de Belo Horizonte. “Estamos confiantes e esperançosos. A história da fé no estado, enraizada na religiosidade, representa um tesouro e torna cada mineiro merecedor da visita do Santo Padre”, disse, ontem, o arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo, que, em audiência particular em 29 de janeiro de 2015 com o líder dos católicos, já havia conversado sobre o Santuário Nossa Senhora da Piedade. “Na oportunidade, fiz um convite muito especial ao papa Francisco para que ele celebre conosco os 250 anos de peregrinações ao território sagrado dedicado a nossa padroeira, Nossa Senhora da Piedade”.
A expectativa é que, em outubro de 2017, o papa visite Aparecida (SP) para comemorar o tricentenário da aparição, nas águas do Rio Paraíba do Sul, da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou padroeira do Brasil com o nome de Nossa Senhora Aparecida. “Estamos trabalhando para recebê-lo na inauguração do Museu Maria Regina Mundi. Trata-se de importante etapa no conjunto de investimentos feito no santuário, um projeto iniciado a partir da doação de mais de mil imagens de Nossa Senhora representando os muitos títulos dados à Maria Santíssima nas mais diversas regiões do mundo”, afirmou. Além do acervo, o futuro espaço terá uma escola de arte e teologia.
Localizado numa ponta da serra antes cedida ao Ministério da Aeronáutica, o museu tem projeto do arquiteto Gustavo Penna. Os serviços já começaram, com a retirada de torres e demolição de escritórios e outros prédios, além de limpeza do terreno. Entusiasmado, ele conta que o concebeu com toda “a sutileza e a delicadeza” que a região pede. “A Serra da Piedade tem o formato de um manto, de uma imagem de Nossa Senhora, então o museu será subterrâneo, tendo na parte externa uma aura branca, de aço nióbio”, afirmou o arquiteto. Com 25 metros de diâmetro, a estrutura ficará presa em três pontos, quase imperceptíveis, “dando a impressão de que a auréola está voando”, cujos equipamentos, como torres, estão sendo retirados, e outros de alvenaria, demolidos.
INFINITO À noite, a auréola do museu ficará iluminada, diz Penna, ao explicar as formas “orgânicas” do espaço que terá uma pequena capela, específica para reflexão e contemplação do infinito, e ainda uma área gramada sob a auréola. No total, serão 1,5 mil metros quadrados de área construída. “Já fico imaginando um coral se apresentando ali, naquele lugar de frente para o infinito”. De fato, quem estiver no local terá bela visão das montanhas e, ao longe, o contorno das cidades vizinhas.
Dentro dessa proposta, o arcebispo conta que o museu será um ambiente especial para preservar a beleza e a riqueza da história do Santuário Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, que festejará os 250 anos de peregrinações. “A ermida de nossa padroeira começou a ser edificada em 1767. Por mais de dois séculos, pessoas de diversas regiões visitam esse território sagrado, oficialmente reconhecido como a casa da padroeira de nosso estado em 1958, pelo papa São João XXIII”, afirma o arcebispo. No ano passado, conforme a Arquidiocese, cerca de 600 mil pessoas estiveram no alto do maciço.
DOAÇÃO As peças foram doadas à Cúria Metropolitana pelo acupunturista e dono de clínica Humberto Mattarelli Carli, de 63 anos, nascido, criado e residente em Sabará, na Grande BH. Casado e pai de dois filhos, Humberto, na época da doação registrada pelo Estado de Minas em 2014, mostrou-se feliz com a acolhida da arquidiocese e a decisão de dom Walmor, ressaltando que “o acervo vai ficar nas alturas, no lugar especial e mais indicado, pois lá está Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas”.
O acervo não é composto de obras de arte, mas peças de gesso. O importante para o colecionador é a devoção à mãe de Deus. Ele elege como imagem preferida a de Nossa Senhora da Conceição padroeira de Sabará, primeira da coleção e feita por uma artesã da cidade. O conjunto inclui algumas de nomes poucos conhecidos entre os brasileiros, entre elas Nossa Senhora do Ártico, com capuz branco feito neve, carregando o menino no colo; a dramática Nossa Senhora dos Abortados, com dois anjos aos pés e um bebê nas mãos; Nossa Senhora de Sheshan, originária da China, com braços levantados para segurar o filho e um dragão na base; e centenas da França, Itália, Espanha, Portugal, República Tcheca e outros continentes.
TURISMO Quando ficar pronto, o Museu Maria Regina Mundi será um dos expoentes do Caminho Entre Serras, que liga as serras da Piedade e do Caraça e do Caminho Religioso da Estrada Real (Crer), unindo o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, que tem a escultura feita por Aleijadinho e Aparecida (SP), onde está a padroeira do Brasil.
A expectativa é que, em outubro de 2017, o papa visite Aparecida (SP) para comemorar o tricentenário da aparição, nas águas do Rio Paraíba do Sul, da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou padroeira do Brasil com o nome de Nossa Senhora Aparecida. “Estamos trabalhando para recebê-lo na inauguração do Museu Maria Regina Mundi. Trata-se de importante etapa no conjunto de investimentos feito no santuário, um projeto iniciado a partir da doação de mais de mil imagens de Nossa Senhora representando os muitos títulos dados à Maria Santíssima nas mais diversas regiões do mundo”, afirmou. Além do acervo, o futuro espaço terá uma escola de arte e teologia.
Localizado numa ponta da serra antes cedida ao Ministério da Aeronáutica, o museu tem projeto do arquiteto Gustavo Penna. Os serviços já começaram, com a retirada de torres e demolição de escritórios e outros prédios, além de limpeza do terreno. Entusiasmado, ele conta que o concebeu com toda “a sutileza e a delicadeza” que a região pede. “A Serra da Piedade tem o formato de um manto, de uma imagem de Nossa Senhora, então o museu será subterrâneo, tendo na parte externa uma aura branca, de aço nióbio”, afirmou o arquiteto. Com 25 metros de diâmetro, a estrutura ficará presa em três pontos, quase imperceptíveis, “dando a impressão de que a auréola está voando”, cujos equipamentos, como torres, estão sendo retirados, e outros de alvenaria, demolidos.
INFINITO À noite, a auréola do museu ficará iluminada, diz Penna, ao explicar as formas “orgânicas” do espaço que terá uma pequena capela, específica para reflexão e contemplação do infinito, e ainda uma área gramada sob a auréola. No total, serão 1,5 mil metros quadrados de área construída. “Já fico imaginando um coral se apresentando ali, naquele lugar de frente para o infinito”. De fato, quem estiver no local terá bela visão das montanhas e, ao longe, o contorno das cidades vizinhas.
Dentro dessa proposta, o arcebispo conta que o museu será um ambiente especial para preservar a beleza e a riqueza da história do Santuário Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, que festejará os 250 anos de peregrinações. “A ermida de nossa padroeira começou a ser edificada em 1767. Por mais de dois séculos, pessoas de diversas regiões visitam esse território sagrado, oficialmente reconhecido como a casa da padroeira de nosso estado em 1958, pelo papa São João XXIII”, afirma o arcebispo. No ano passado, conforme a Arquidiocese, cerca de 600 mil pessoas estiveram no alto do maciço.
DOAÇÃO As peças foram doadas à Cúria Metropolitana pelo acupunturista e dono de clínica Humberto Mattarelli Carli, de 63 anos, nascido, criado e residente em Sabará, na Grande BH. Casado e pai de dois filhos, Humberto, na época da doação registrada pelo Estado de Minas em 2014, mostrou-se feliz com a acolhida da arquidiocese e a decisão de dom Walmor, ressaltando que “o acervo vai ficar nas alturas, no lugar especial e mais indicado, pois lá está Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas”.
O acervo não é composto de obras de arte, mas peças de gesso. O importante para o colecionador é a devoção à mãe de Deus. Ele elege como imagem preferida a de Nossa Senhora da Conceição padroeira de Sabará, primeira da coleção e feita por uma artesã da cidade. O conjunto inclui algumas de nomes poucos conhecidos entre os brasileiros, entre elas Nossa Senhora do Ártico, com capuz branco feito neve, carregando o menino no colo; a dramática Nossa Senhora dos Abortados, com dois anjos aos pés e um bebê nas mãos; Nossa Senhora de Sheshan, originária da China, com braços levantados para segurar o filho e um dragão na base; e centenas da França, Itália, Espanha, Portugal, República Tcheca e outros continentes.
TURISMO Quando ficar pronto, o Museu Maria Regina Mundi será um dos expoentes do Caminho Entre Serras, que liga as serras da Piedade e do Caraça e do Caminho Religioso da Estrada Real (Crer), unindo o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, que tem a escultura feita por Aleijadinho e Aparecida (SP), onde está a padroeira do Brasil.