Ouro Preto, Congonhas e Diamantina – Trânsito caótico nas ladeiras históricas, poeira de mineração soprada sobre os monumentos e placas apenas em português para orientar os turistas. As cidades coloniais mineiras reconhecidas como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) esbanjam beleza por todos os cantos, embora enfrentem problemas que atravessam os tempos e desafios ainda longe de solução. Agora na companhia do conjunto moderno da Pampulha, de Belo Horizonte, com o título desde domingo passado, elas elevam Minas ao patamar de estado brasileiro com o maior número de bens na lista da instituição internacional.
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Beleza e descaso convivem em Ouro Preto, Patrimônio da HumanidadeCongonhas e Pampulha guardam semelhanças além do título de Patrimônio Cultural da HumanidadeDiamantina comemora 17 anos do título de Patrimônio da Humanidade em meio a desafiosNa avaliação das autoridades, o título representa turismo, o que implica investimentos privados em hotelaria, gastronomia e serviços. Em Congonhas, o reconhecimento trouxe vários benefícios, como a abertura do Museu de Congonhas, que, em sete meses de funcionamento, já recebeu 40 mil pessoas. Para facilitar a vida dos visitantes estrangeiros, Diamantina precisa ter informações bilíngues nas placas, enquanto Ouro Preto luta também contra a ocupação dos morros e descaracterização de vias públicas. Os turistas elogiam a arquitetura e, movidos pelo encantamento das cidades, fazem descobertas nesse universo permeado pela história de mais de 300 anos.
Memória
Risco de perda
O título de Patrimônio Cultural da Humanidade pode não ser para sempre – para tanto, é preciso preservar os sítios históricos.